Homenagem ao Porto de Cristina Branco e Camané

Fernando Veludo/nFactos
Fotogaleria
Fernando Veludo/nFactos

"Se Lisboa é mulher, o Porto é o seu par". A fadista Cristina Branco arrancou muitas palmas da assistência que voltou a encher o Quartel da Serra do Pilar sábado à noite (depois da lotação esgotadíssima do concerto de Mariza), quando, com esta frase, explicava que, tratando-se de Fado - e era de Fado Sinfónico que se tratava, no concerto derradeiro que marcou o encerramento do Cais de Fado organizado pela Casa da Música e pela Câmara de Gaia - teríamos de falar de Lisboa. E de sentimento, e de alma, os temas que a fadista tanto trata no seu reportório.

Houve Lisboa, claro, tanto na voz de Cristina Branco, como na voz de Camané, o "principe do fado", como apelidou Cristina Branco quando o chamou ao palco. Mas houve Porto. Houve um Porto de arrepiar quando Camané apontou para a cúpula do Mosteiro da Serra do Pilar, evocou o poeta portuense Pedro Homem de Mello e começou a entoar as primeiras frases de "Sei de um Rio" - um rio em que as únicas estrelas, nele sempre debruçadas, são as luzes da cidade. E nos video-halls aparecia a imagem da ponte D. Luiz, do Mosteiro da Serra do Pilar, das luzes da cidade que iluminavam o rio. A homenagem final ao Porto veio já no encore, quando ambos entoaram o "Porto Sentido", celebrizado na voz de Rui Veloso, e que ali beneficiou da prestação da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, sob orientação do maestro Dirk Brossé. Houve palmas. Muitas. O Cais de Fado encerrou com os objectivos largamente superados. Para o ano há mais?

L.P.

Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos
Fernando Veludo/nFactos