Enquanto não há Feira do Livro, o Festival do Livro vai animar o Porto

O Mercado do Bom Sucesso, na Boavista, recebe o festival entre o dia 9 e 13 de Julho.

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Nuno Alexandre Mendes

Quem disse que é preciso existir uma Feira do Livro para se poder comprar livros a preço de saldo? A cooperativa cultural Culture Print, responsável pelo evento mensal Bairro dos Livros, acredita que não e deitou mãos à obra para avançar com a 6.ª edição do Festival dos Livros, que este ano decorre no Mercado do Bom Sucesso, entre esta quarta-feira e o próximo domingo, sob o desígnio “Ler é Rockar”.

Para encontrar os vendedores do festival não é, sequer, preciso entrar no Bom Sucesso. As bancas de venda vão estar espalhadas pelo exterior do mercado, junto à entrada principal, e Inês Castanheira, da Culture Print, estima que “cerca de 40 editoras estejam presentes”. E, apesar do tema principal ser a música, as propostas que irão preencher as bancas de editores e livreiros deverão ser bem mais abrangentes. “Estamos a trabalhar, no sentido de levar ao festival um bocadinho de tudo, incluindo alguns livros ligados à música”, diz Inês Castanheira.

O festival arranca esta quarta-feira, ao meio-dia e fica de portas abertas até às 20h. Horário que se repete até domingo, excepto na sexta-feira e no sábado, dias em que encerra apenas à meia-noite. A Culture Print deu como confirmada a presença dos grupos editoriais Almedina ou a Bertrand, mas esta quarta-feira, dia da abertura, comunicou que as duas editoras tinham cancelado a sua presença no festival, por falta de "funcionários disponíveis". Ainda assim, a organização garante que os livros das duas editoras vão estar representados, nas bancas das livrarias. Estão também previstos pontos de venda de editoras especializadas como a Vida Económica, e de livros em segunda mão, que podem ser encontrados na banca da livraria Alfarrabista.Eu ou do livreiro Snob, de Guimarães. Tudo sempre regado a música e pontuado com um programa cultural, fora e dentro do mercado.

Lá fora vai estar um palco, animado por um dj entre as 18h30 e as 20h30, explica Inês Castanheira. Mas essa está longe de ser a única animação prevista para os dias do festival. “Tentamos concentrar um pouco a programação cultural no sábado, porque coincide com o dia do Bairro dos Livros, mas há outras coisas a acontecerem”, diz.

Assim, na sexta-feira à noite, a partir das 21h30, está prevista uma performance de Lindy Hop no exterior do mercado, que espera por todos os visitantes a dançar. No sábado, o festival faz a ponte com a conferência internacional “Keep it Simple, Make it Fast – Underground Music Scenes and DIY Cultures”, que decorre desde ontem na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e na Casa da Música. A conferência e o festival unem-se quando, pelas 18h30, a socióloga Paula Guerra, especialista na “cena underground”, se deslocar ao MBS para apresentar o último livro do escritor de viagens Miguel Gullander, Através da Chuva.

E, como sábado é mesmo o dia com mais actividades programadas, conte com a performance de música e literatura, a partir do livro WC Constrangido (às 16h) e com os Pratos com Histórias, de Saphir Cristal – uma actividade destinada às crianças, que junta os contos infantis à alimentação e que vai animar o interior do mercado, na zona de frescos, entre as 17h e as 19h.

A abertura é esta quarta-feira e às 18h, a escritora Raquel Patriarca vai estar pelo festival, para apresentar o livro Era Uma Vez o Porto
 

Actualização: Altera a informação sobre a presença das editoras Almedina e Bertrand.

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