Pedro Proença continua a representar Portugal no Campeonato do Mundo

O lisboeta integra uma lista de 15 árbitros para os últimos jogos do Mundial.

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Javier Soriano/AFP

Dos 25 árbitros escolhidos para arbitrarem os jogos do Mundial 2014, 10 foram dispensados e podem regressar a casa. Este caso não se aplica ao português Pedro Proença, que ainda se mantém na prova e poderá ser o escolhido para arbitrar um dos últimos três jogos da competição.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela FIFA e já foi nomeado um árbitro para a meia-final entre o Brasil e a Alemanha: o mexicano Marco Moreno. Desta forma, restam nomeações para a meia-final entre a Argentina e a Holanda, o jogo de atribuição do terceiro lugar e, a partida mais esperada de toda a competição, a final.

Não é só este Mundial que tem um toque português na arbitragem. Também em 2010, e oito anos depois de um árbitro nacional ter estado presente num Campeonato do Mundo, Olegário Benquerença representou Portugal até aos quartos-de-final na África do Sul. Benquerença arbitrou dois jogos na fase de grupos - Japão-Camarões (1-0) e o Nigéria-Coreia Sul (2-2) -, sendo depois nomeado para o confronto dos quartos-de-final entre o Uruguai e o Gana, que os sul-americanos venceram no desempate por grandes penalidades.

Apesar de apenas ter chegado aos quartos-de-final, Olegário Benquerença foi considerado, pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, o 16.º melhor árbitro do Mundial de 2010, na África do Sul.

Pedro Proença, pela primeira vez num Campeonato do Mundo, pode agora chegar mais longe. A equipa portuguesa, que conta ainda com os auxiliares Bertino Miranda e Tiago Trigo, já apitou três jogos durante esta competição: o Camarões-Croácia e Japão-Colômbia (ambos da fase de grupos) e o Holanda-México (nos oitavos-de-final).

Considerado o melhor árbitro do mundo em 2012, o lisboeta tem tido uma carreira sólida e promissora. Em 2012, Pedro Proença foi o eleito pela UEFA para arbitrar a final da Liga dos Campeões, entre o Bayern de Munique e o Chelsea. O português foi o primeiro a arbitrar uma final deste formato, depois de António Garrido ter dirigido a final da Taça dos Campeões em 1980, também entre uma equipa inglesa, o Nottingham Forest, e uma alemã, o Hamburgo.

O árbitro tem também, no seu (prestigiado) currículo, a final do Euro 2012, entre a Espanha e a Itália, em que os espanhóis venceram por 4-0.

Depois de José Vieira da Costa (1950 e 1954), Joaquim Campos (1958 e 1966), António Saldanha Ribeiro (1970), António Garrido (1978 e 1982), Carlos Valente (1986 e 1990), Vítor Pereira (1998 e 2002) e Benquerença (2010), o lisboeta foi o oitavo árbitro português a marcar presença numa fase final de um Mundial: António Garrido foi quem esteve mais perto de poder chegar a uma final, mas ficou-se pelo jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares, na competição de 1982, em Espanha.

Além de Proença, continuam no Brasil os seguintes árbitros: Howard Webb (Inglaterra e considerado o melhor árbitro do mundo, em2013), Velasco Carballo (Espanha), Nicola Rizzoli (Itália), Jonas Eriksson (Suécia), Cuneyt Çakir (Turquia), Carlos Rodriguez (Equador), Sandro Ricci (Brasil), Enrique Zencovich (Chile), Marco Moreno (México), Mark Geiger (EUA), Djamel Haimoudi (Argélia), Noumandiez Doue (Costa do Marfim), Yuichi Nishimura (Japão) e Ravshan Irmatov (Uzbequistão). Texto editado por Nuno Sousa

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