Faltou à final de 1950 para tratar da mãe. Agora vai à de 2014

Brasileiro Joedir Belmont guardou o bilhete e cedeu-o à FIFA. Em troca recebeu três entradas para a final do Mundial deste ano.

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Os bilhetes para a final de 2014 e do último jogo do Mundial de 1950, que não era exactamente uma final DR

A 16 de Julho de 1950, Joedir Sancho Belmont poderia ter sido uma das 200 mil pessoas que encheram o Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, para assistir ao último encontro do Mundial de futebol. Tinha bilhete e era suposto assistir ao jogo que ficou na história como o "Maracanaço", uma das derrotas mais marcantes da história do futebol, com o Brasil a perder o Mundial para o Uruguai (2-1).

Só que Joedir acabou por não ir ao estádio. “A minha mãe estava doente e não me pareceu sensato deixá-la para ir assistir a um jogo”, confidenciou o brasileiro, de 85 anos, à Associated Press.  Para Joedir Belmont foi “uma boa decisão”, uma vez que a mãe acabou por morrer poucos dias depois.

Joedir não foi ao jogo, mas conservou o bilhete. Agora, 64 anos depois, resolveu escrever uma carta à FIFA, mostrando disponibilidade para ceder o bilhete ao organismo que gere o futebol mundial. A FIFA agradeceu e, em troca, ofereceu-lhe três entradas para o Mundial deste ano, que se realiza a 13 de Julho, outra vez no Maracanã.

Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, confirmou que o ingresso do brasileiro será exposto no museu da FIFA, em Zurique, que vai abrir no próximo ano.

Ao receber os bilhetes das mãos do representante da FIFA, Joedir Belmont não escondeu a esperança de que o “Brasil vença desta vez”, contrariamente ao que aconteceu em 1950. “Esta é a nossa vingança”, sublinhou o brasileiro.

Uma final entre o Brasil e o Uruguai, no entanto, está fora de causa. É que os uruguaios foram eliminados nos oitavos-de-final pela Colômbia, precisamente o próximo adversário do Brasil, sexta-feira, em Fortaleza.

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