Direcção do PS repudia “qualquer insinuação para denegrir as primárias”

Miguel Laranjeiro reage a declarações de apoiantes de António Costa a propósito de um mail de apoio a Seguro.

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Seguro: as novas medidas anunciadas pelo Governo só “conduzem à pobreza” Miguel Madeira

A direcção do PS sustenta que o apelo ao voto em António José Seguro feito por uma militante numa rede de contactos famarcêuticos “só vincula a própria pessoa” e repudia qualquer “insinuação que vise denegrir o PS e este processo das primárias”.

Miguel Laranjeiro, secretário nacional para a organização, reagiu às acusações de apoiantes de António Costa que consideraram os e-mails uma interferência do poder económico na disputa pela liderança do partido.

“Foi uma atitude individual que só vincula a própria pessoa. O que repudiamos é que seja interpretado como uma tentativa de manipulação”, afirmou Miguel Laranjeiro aos jornalistas, junto ao Parlamento. “Não há qualquer interferência de poderes económicos”, acrescentou o socialista.

Apesar de não ter condenado claramente a iniciativa da militante, Miguel Laranjeiro admitiu haver “exageros de parte a parte”, mas voltou a sublinhar que rejeita “qualquer tipo de manipulação que tenha acontecido”.

Em declarações aos canais de televisão, Marcos Perestrello, apoiante de António Costa, disse ser inaceitável o que considera ser a "interferência de poderes económicos" nas primárias do PS. O presidente da Federação de Lisboa do partido referia-se às notícias do Correio da Manhã e do Jornal de Notícias de que terão sido usados os contactos de e-mail da Associação Nacional de Farmácias para enviar um apelo ao voto em Seguro nas Primárias.

Também em reacção a estas notícias, Pedro Delgado Alves, um dos autores da proposta de regulamento apresentada pela candidatura de António Costa, disse esperar que da reunião desta quinta-feira à noite saia uma proposta de regulamento “à prova de bala”.

"O que quer que seja aprovado hoje, durante a reunião da Comissão Política Nacional do PS, tem de ser absolutamente à prova de bala. As notícias que conhecemos hoje dão-nos nota do tipo de preocupações que podem surgir se as regras não forem claras ou se forem insuficientes", afirmou o deputado, citado pela Lusa.  

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