Alemanha ajudou-se a si própria e EUA também saíram contentes

Golo de Muller garante triunfo e 1.º lugar aos germânicos; norte-americanos também seguem em frente.

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Tim Howard sem hipótese no golo alemão Ruben Sprich / Reuters

A Alemanha garantiu o apuramento para os oitavos-de-final do Mundial do Brasil e no primeiro lugar do Grupo G, depois de vencer os Estados Unidos, por 1-0, graças a um golo de Thomas Müller. O resultado também serviu para os norte-americanos seguirem em frente, porque terminaram com melhor diferença de golos do que Portugal (0 contra -3), factor que desempatou a igualdade de pontos entre as duas equipas.

Para a selecção germânica — que não entrou para a última jornada com a qualificação assegurada, mas quase — é o prolongamento de uma série impressionante nos Campeonatos do Mundo. Esta foi a 16.ª vez consecutiva que superou a (primeira) fase de grupos. Nas outras duas presenças na prova, ainda não existia fase de grupos. Os homens de Joachim Löw somaram sete pontos, mais três do que EUA e Portugal.

Um empate na Arena Pernambuco, em Recife, serviria para as duas equipas se qualificarem (com a Alemanha em primeiro), mas o jogo não começou com contenção. A formação europeia foi a que mais fez para ganhar, o que acabou por concretizar-se com o golo de Müller, aos 55’. Tim Howard, autor de uma exibição segura, defendeu o cabeceamento de Mertesacker, mas a bola sobrou para o avançado do Bayern Munique à entrada da área e este inaugurou o marcador com um grande remate.

A desvantagem, ainda que curta, chegou a colocar em perigo o futuro dos EUA na competição, não tanto pela ameaça de Portugal, mas mais porque o Gana, entretanto, conseguira empatar em Brasília e ficou à distância de uma vitória para “roubar” o apuramento. Mas o regresso da equipa de Paulo Bento à vantagem no outro jogo acabou por jogar a favor dos homens treinados por Jürgen Klinsmann. E, pela primeira vez, a selecção americana assegurou a presença nos oitavos-de-final em duas edições consecutivas do Mundial.

Com as ruas de Recife inundadas nas horas anteriores ao jogo, chegou a levantar-se a possibilidade de o encontro ser adiado, mas tudo começou à hora certa. Desde o início, foi a Alemanha a ter mais a bola, embora na primeira parte os EUA tenham mostrado ser perigosos no contra-ataque. Logo aos dois minutos, Müller teve uma boa oportunidade, mas falhou o remate acrobático e, na sequência, Podolski atirou por cima. Zusi, aos 22’, ameaçou com perigo a baliza de Neuer, antes de, do outro lado do campo, Özil testar os reflexos de Tim Howard (35’).

Na segunda metade, continuou a ser a Alemanha a ter a iniciativa, com os médios-centros Kyle Beckerman e Jermaine Jones a correrem imenso. Este último, há seis anos, corria pela Alemanha e por Joachim Löw. Jones chegou a fazer três jogos pela selecção principal germânica, todos particulares, e num deles fez dupla no meio-campo de início com Schweinsteiger, nesta quinta-feira seu oponente directo.

Klose entrou ao intervalo, mas não conseguiu separar-se de Ronaldo na lista de goleadores históricos do Mundial. Só Müller subiu nela. Mesmo depois do seu golo, os EUA não se alargaram mais no campo, por incapacidade ou conformismo com uma combinação de resultados favorável. Bedoya teve o empate nos pés nos descontos, mas foi uma oportunidade ocasional. O objectivo estava cumprido, à custa de Portugal.

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