CGTP espera ter milhares de manifestantes nas ruas de Lisboa

Este sábado, intersindical protesta contra políticas do Governo.

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Miguel Manso

A CGTP conta ter, neste sábado, milhares de manifestantes em protesto na baixa de Lisboa contra as políticas sóciolaborais do Governo que "têm levado ao agravamento da exploração e do empobrecimento" e contra as novas alteração da legislação laboral.

"Estamos confiantes que vamos ter uma grande manifestação, com milhares de trabalhadores, e população em geral, para protestar contra as políticas do Governo e exigir a sua demissão", disse Armando Farias, da comissão dxecutiva da Intersindical.

Segundo o sindicalista, os portugueses estão a enfrentar "um momento em que os problemas se estão a agravar, aumentando a exploração e o empobrecimento". "Estamos a assistir a outro patamar, muito grave, desta ofensiva, com as alterações à legislação laboral que vão levar à destruição da contratação colectiva", disse.

Para Armando Farias a contratação colectiva "é um elemento fundamental da democracia, não só porque garante um conjunto de direitos aos trabalhadores, mas também porque é uma garantia de funcionamento da sociedade".

O sindicalista defendeu que as propostas de lei do Governo que estão na Assembleia da República, que vão reduzir os prazos de caducidade e de sobre vigência das convenções colectivas de trabalho, e as novas ofensivas laborais na função pública, nomeadamente a tabela única remuneratória e a de suplementos, "Têm de ser travadas".

"É fundamental continuar a luta", disse, acrescentando que da manifestação deste sábado poderá sair uma decisão nesse sentido.

O protesto tem como lema “Acabar com esta política de direita – Governo Rua! Por uma política alternativa, de Esquerda e Soberana”, tal como fez há uma semana no Porto.

A manifestação inicia-se com duas concentrações, ao início da tarde, uma no Campo das Cebolas, para os distritos de Lisboa, Santarém, Leiria e Castelo Branco; e outra no Cais do Sodré, para os manifestantes que chegam dos distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro.

Depois de desfilarem por duas ruas diferentes, os manifestantes vão convergir para o Rossio, onde o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos fará uma intervenção político-sindical.

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