PSD e CDS pretendem ouvir ex-ministros da Defesa na comissão de inquérito aos equipamentos militares

Chefes militares, presidentes das comissões de contrapartidas e ministros da Defesa desde 1998 integram lista de audições proposta pela maioria.

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Telmo Correia (CDS) e Filipe Neto Brandão (PS) são o presidente e o vice-presidente da comissão de inquérito Enric Vives-Rubio

PSD e CDS-PP querem que a comissão de inquérito à aquisição de equipamentos militares oiça os antigos ministros da Defesa, chefes militares e presidentes das comissões de contrapartidas, disse à Lusa o deputado Filipe Lobo D'Ávila.

"A ideia é, por um lado, começar pelos chefes militares, para colocar em contexto e análise a aquisição destes equipamentos para a política de Defesa. Depois, ouvirmos todos os ministros que executaram a lei de programação militar desde 1998", afirmou o deputado centrista, Filipe Lobo D'Ávila. Por último, a maioria PSD/CDS-PP quer que sejam ouvidos os "responsáveis pela execução das contrapartidas para tentar perceber o grau de execução dessas contrapartidas", disse.

A lista de audições proposta pelo PSD/CDS-PP para a Comissão Parlamentar de Inquérito aos Programas Relativos à Aquisição de Equipamentos Militares (EH-101, P-3 Orion, C-295, torpedos, F-16, submarinos, Pandur II) será entregue nesta sexta-feira, referiu Lobo D'Ávila. No requerimento, constam o almirante Luís Macieira Fragoso, chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), o general Carlos Jerónimo, chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), o general José Araújo Pinheiro, chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA).

A lista inclui também os ex-ministros da Defesa António Vitorino, Jaime Gama, Júlio Castro Caldas, Rui Pena, Paulo Portas, Luís Amado, Nuno Severiano Teixeira, Augusto Santos Silva, José Pedro Aguiar-Branco.

Finalmente, é proposta a audição dos ex-presidentes da comissão permanente de contrapartidas Francisco Barroso de Sousa Gomes, José de Melo Torres Campos, Pedro Brandão Rodrigues, Rui Neves e Pedro Catarino. A comissão decidiu que a deputada social-democrata Mónica Ferro será a relatora, apoiada por um grupo de trabalho, afirmou ainda à Lusa o deputado Filipe Lobo D'Ávila.

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