O futebolista que começou a sua carreira num reality show

O avançado chileno Eduardo Vargas participou num programa de televisão com apenas 16 anos e foi a catapulta para se tornar no jogador profissional que é hoje.

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Vargas durante o jogo contra a Austrália Eric Gaillard / Reuters

Iniciar uma carreira futebolística através de um programa de televisão pode parecer surreal, mas Eduardo Vargas mostrou que é possível singrar no futebol começando por uma via alternativa.

O avançado chileno começou a ser reconhecido com apenas 16 anos. No "Adidas Selection Team", programa de televisão em que Vargas participou em 2005, a par com outros jovens que tinham o sonho de se tornarem futebolistas, Vargas chamou a atenção e, pouco tempo depois, conseguiu um contrato com o clube chileno Cobreloa, após ter sido chamado pelo treinador Jorge Aravena. “No momento em que o vi, notei que prometia muito, notou-se imediatamente que era diferente”, explicou Aravena ao jornal chileno La Segunda.

Depois de duas temporadas no Cobreloa, o avançado rumou para o Universidade do Chile, onde esteve por mais duas épocas. Apesar de ter tido algumas dificuldades em afirmar-se, a chegada do treinador Jorge Sampaoli à equipa, em 2011, mudou tudo. Vargas teve a oportunidade de jogar na posição que melhor lhe assentava: avançado. E, aos 22 anos, Vargas deixou a sua condição de “grande promessa” para se transformar numa surpreendente realidade, ficando em segundo na eleição do jogador sul-americano do ano — atrás do brasileiro Neymar. Só em 2011, Vargas marcou 17 golos no campeonato do Chile.

A sua primeira aparição na selecção chilena foi em 2009, no Torneio de Toulon, jogando pelos sub-23 e levando o Chile ao título de campeão. As suas características de velocidade e precisão levaram-no para o Nápoles, em Itália, onde permaneceu por duas temporadas. Actualmente, Vargas joga pelo Valência (por empréstimo do emblema italiano) e é habitualmente titular na selecção chilena no Mundial 2014, com Jorge Sampaoli a comandá-lo, mais uma vez.

Texto editado por Jorge Miguel Matias

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