O destino de Sharapova levou-a ao segundo título em Paris

Roland Garros é o torneio do Grand Slam que a tenista russa ganhou mais vezes

Maria Sharapova segura o troféu de Roland Garros
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Maria Sharapova segura o troféu de Roland Garros Vincent Kessler/Reuters
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Sharapova devolve mais uma bola num jogo intenso de ténis REUTERS/Gonzalo Fuentes
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Sharapova estica-se para mais uma resposta a Simona Halep REUTERS/Vincent Kessler
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Mais um serviço para a russa REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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Simona Halep não foi uma adversária fácil numa das mais longas finais femininas da história do torneio francês REUTERS/Stephane Mahe
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A jogadora romena festeja um ponto REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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Ponto, set, jogo: Sharapova ajoelhada no court REUTERS/Vincent Kessler
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A comoção de Maria Sharapova no regresso às vitórias no Grand Slam REUTERS/Vincent Kessler
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Mais um troféu (o segundo em Paris) para a campeoníssima russa REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O estádio Philippe Chatrier encheu para a emocionante final feminina de Roland Garros REUTERS/Stephane Mahe

Foi uma final de Roland Garros tão emocionante que as duas finalistas acabaram em lágrimas. Mas só Maria Sharapova chorou de alegria: a russa derrotou Simona Halep e conquistou o seu quinto título do Grand Slam e segundo título em Paris. Nem quando aos 17 anos, ganhou o seu primeiro major em Wimbledon, nem quando não conseguia passar dos quartos-de-final em Roland Garros e dizia sentir-se na terra batida como “uma vaca no gelo”, Sharapova poderia sonhar com um destino destes.

“Nunca pensei há sete ou oito anos que iria ganhar mais títulos em Roland Garros aos 27 anos do que qualquer outro torneio do Grand Slam. É um sonho tornado realidade; este torneio tem muito significado para mim”, revelou Sharapova, ainda antes de receber a Taça Suzanne Lenglen das mãos de Chris Evert, uma das nove jogadoras na Era Open que venceram Roland Garros mais que uma vez (além de Steffi Graf, Justine Hénin, Monica Seles, Arantxa Sanchez-Vicario, Margaret Court, Martina Navratilova, Serena Williams e Sharapova).

Para trás, tinha ficado um longo duelo de três horas e dois minutos – menos dois minutos que a final mais longa, a de 1996 quando Graf bateu Sanchez, por 6-3, 6-7 e 10-8) – que terminou com Sharapova a vencer Halep, com os parciais de 6-4, 6-7 (5/7) e 6-4.

Halep não acusou a estreia em finais do Grand Slam e ganhou os dois jogos iniciais, obrigando desde logo a russa a elevar o nível de jogo. Mas os problemas no serviço nunca a deixaram atingir um patamar muito elevado (52 erros não forçados para 46 winners). E foi graças à sua maior determinação que fechou o set inicial em 57 minutos.

Sharapova parecia caminhar para a vitória quando liderou o segundo set por 2-0, mas Halep reagiu bem, soltou-se mais e igualou. E, a 4-4, depois de defender-se com todas as energias, ganhou o mais longo ponto do encontro (20 pancadas) obteve um break-point que veio a concretizar, permitindo-lhe servir para fechar o set. Sharapova não consentiu e, após quatro breaks consecutivos, a partida decidiu-se num tie-break que traduziu o que se passou até então: sete mini-breaks! Sharapova passou a dois pontos da vitória, quando serviu a 5/3, mas foi a romena a lutar muito para vencer quatro pontos consecutivos.

Sharapova saiu do court para trocar de roupa e voltou ainda mais determinada. Mas a incerteza manteve-se, pois, por duas vezes Halep recuperou de um break de desvantagem (0-1 e 3-4) chegando a 4-4 na 11.ª dupla-falta da adversária. O espírito de luta de Sharapova ressurgiu e com dois jogos em que mostrou o seu enorme querer, concluiu o encontro, deixando-se cair de joelhos no court. Depois de cumprimentar Halep, trepou as bancadas para ir abraçar a equipa técnica

“Esta foi a final do Grand Slam mais dura que alguma vez disputei”, admitiu Sharapova ainda no court. Sentada na sua cadeira, Halep não evitou as lágrimas enquanto o público que encheu o court Philippe Chatrier gritava “Simona! Simona! Simona!”, como prémio pela exibição.

Mais tarde, na conferência de imprensa, ainda estava emocionada. “Estou um pouco sem palavras sobre a vitória, é muito emocional. Trabalhei para estar nesta posição; não há substituto para o trabalho árduo”, frisou a russa, após o seu 20.º encontro sucessivos em terra batida ganho no terceiro set – quarto consecutivo nesta edição de Roland Garros.

Sharapova, a primeira tenista da Rússia (homem ou mulher) a ganhar duas vezes o mesmo torneio do Grand Slam, recebeu 1,650 milhões de euros e vai subir do oitavo para o quinto lugar do ranking – primeira na Corrida para Singapura (resultados de 2014), onde vai decorrer o Masters feminino.

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