Empresa Águas do Porto procura ideias para reabilitar edifício em ruínas na Rua Barão de Nova Sintra
Empresa municipal quer colmatar falta de espaços na sede actual, junto ao edifício alvo de concurso.
Do casarão cor-de-rosa, pouco mais resta que a fachada, mas as Águas do Porto pretendem que no futuro os quatro pisos do edifício – cave, rés-do-chão, 1.º andar e sótão – sejam transformados em áreas de serviços. A casa, que já foi alvo de um incêndio, e a área envolvente devem ser recuperados até ao final de 2015.
A empresa municipal pretende instalar na cave uma sala que possa receber “reuniões alargadas ou acolher momentos de formação dos colaboradores”, espaço de que as instalações actuais não dispõem. Os restantes pisos deverão ser ocupados pelos serviços de Obras e Projectos e de Planeamento e Controlo. A intenção da empresa municipal é que exista uma “interligação” da Quinta de Baixo à actual sede das Águas do Porto.
Os interessados podem entregar as suas propostas até 23 de Junho. A intenção das Águas do Porto é seleccionar três trabalhos de concepção “tendo em vista a elaboração do projecto “, referem os documentos do concurso.
Está previsto que os oito primeiros classificados recebem um prémio monetário, que será de 3500 euros para o 1.º classificado, 2500 para o 2.º, 1500 para o 3.º e de 500 euros para os restantes. Os projectos serão seleccionados de acordo com critérios de “qualidade da solução arquitectónica e construtiva” (70%) e de “exequibilidade da solução proposta” (30%).
O programa de concurso indica ainda que o acesso ao troço da Rua Barão de Nova Sintra que serve a Quinta de Baixo deverá ser condicionado, uma vez que a via não tem saída e que, no futuro, deverá ser apenas utilizada pelos colaboradores da empresa municipal e “outras entidades” que ali possuam “infra-estruturas instaladas, para efeito da realização de trabalhos de manutenção e, ou, de reparação”.
A par com esta intervenção, as Águas do Porto pediu também à empresa municipal Domus Social "um projecto para recuperar as fachadas da sede da empresa", explica ao PÚBLICO fonte da empresa. O edifício deverá, por isso, ser alvo de uma pintura e a fachada valorizada, com a retirada de cabos e aparelhos de ar condicionado. O jardim e a mata de Nova Sintra, também deverá sofrer uma intervenção, a cargo do departamento de Arquitectura Paisagista da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que já foi contactado para o efeito.