Casa da Severa, Centro Escolar da Gafanha e Percurso Pedonal da Baixa ao Castelo de S. Jorge finalistas dos prémios FAD
Três finalistas portugueses no mais importante prémio ibérico de arquitectura.
O mais importante prémio ibérico de arquitectura tem três obras portuguesas entre os finalistas – a Casa da Severa, da José Adrião Arquitectos, o Centro Escolar da Gafanha da Boa Hora, por António Portugal e Manuel Reis, e o Percurso Pedonal Assistido da Baixa ao Castelo de São Jorge, de João Pedro Falcão de Campos. Os vencedores serão conhecidos a 3 de Julho.
Anunciados na manhã de sábado, os finalistas foram seleccionados a partir de 381 candidaturas para as várias categorias do prémio – arquitectura, com 180 candidaturas, Arquitectura de Interiores, com 113 obras, 64 candidatos para a categoria de Intervenções Efémeras e 24 proponentes para Cidade e Paisagem, segundo se lê no site do prémio. No total, incluindo o prémio de Pensamento e Crítica, estiveram em análise 401 obras.
Na categoria de arquitectura foram encontrados 11 finalistas, entre os quais os projectos portugueses, duas obras em Lisboa (Casa da Severa e Percurso Pedonal Assistido) e outra em Vagos. Os restantes projectos concorrentes nesta fase final são espanhóis e em localidades variadas do país, como Pamplona, A Coruña ou Barcelona.
Também na secção Pensamento e Crítica houve dois finalistas portugueses entre os seis nomes finais: João Cepeda, pelo seu trabalho Nadir Afonso Arquitecto, editado pela Caleidoscópio, e o trabalho colectivo Leprosaria Nacional - Modernidade e Ruína no Hospital-Colónia Rovisco Pais, editado pela Dafne. No passado dia 14 o júri chegou a dois premiados ex aequo para o Prémio FAD Pensamento e Crítica 2014: Juan Domingo Santos, por La tradición innovada. Escritos sobre regresión y modernidad, e Nieves Fernández Villalobos, com Utopías domésticas. La casa del Futuro de Alison y Peter Smithson.
O júri geral deste prémio criado em 1958 pela associação espanhola Arquinfad é presidido por Ramon Sanabria e conta com os vogais Ángela García de Paredes, Marcos Catalán, Francesc Belart, Esther Brosa e o arquitecto português Ricardo Bak Gordon. Já quanto à secção Pensamento e Crítica (que o português Pedro Gadanho, actualmente curador do Musem of Modern Art de Nova Iorque, venceu em 2012), são jurados Juan Calatrava, Antonio Pizza e Moisés Puente, que analisam as 20 obras apresentadas.
Desde a sua fundação, estes prémios visam valorizar a melhor arquitectura ibérica. No passado, já houve quatro projectos de portugueses vencedores do prémio máximo de arquitectura: Ricardo Bak Gordon (ex aequo com a dupla espanhola Luis Mansilla e Emilio Tuñón), com o projecto 2 Casas em Santa Isabel, construídas em Campo de Ourique, Lisboa, em 2011; João Luís Carrilho da Graça, com o Pavilhão do Conhecimento (1999); Eduardo Souto de Moura, com o Estádio Municipal de Braga (2005); e João Maria Trindade, com a Estação Biológica do Garducho em Mourão (2009).