João Ferreira pede a CDS-PP que se defina como “seis ou meia-dúzia”
CDU em campanha no Vale do Ave.
"Portas dizia, ainda não era ministro, há cinco anos, a respeito de medidas de outro governo socialista. Mais um imposto? Perguntava, indignado", lembrou o recandidato da CDU, referindo que o líder do CDS-PP se queixava, então, dos graves problemas socioeconómicos vividos por parte da população.
Perante uma plateia de perto de 200 pessoas, João Ferreira discursou depois da ecologista Mariana Silva e da deputada comunista em São Bento, Carla Cruz, quinta posicionada na lista da CDU concorrente a Bruxelas e Estrasburgo, no salão de festas de Emília Gira, contíguo à sua vivenda.
Esta habitante da freguesia do Paraíso, em Pevidém, Guimarães "aluga" o espaço para eventos, normalmente casamentos e baptizados, com vista privilegiada para o Vale do Ave e suas fábricas e armazéns, num distrito que tem dos salários médios mais baixos de Portugal, contrariando o nome da localidade.
"Olhando para esta irrevogável declaração deste irrevogável ministro, o que pensar ? Também o candidato Nuno Melo perguntou se PS e PSD são como o número seis e a meia-dúzia, ou seja, a mesma coisa", continuou João Ferreira, referindo-se a declarações do eurodeputado democrata-cristão nas anteriores eleições europeias.
Para o também vereador da Câmara Municipal de Lisboa, "dá vontade de perguntar - e o CDS, será o seis ou a meia-dúzia?".
"Ao longo de uma década de euro, fazendo o balanço, os salários diminuíram um por cento, em termos reais. Foi uma década de estagnação, uma década perdida em termos de crescimento. O país produz hoje menos riqueza do que quando entraram em circulação as notas da Europa. Neste mesmo período os lucros cresceram, em termos médios, cerca de 25%.Há sempre quem ganhe e quem perca com o euro e com as políticas que tivemos. As três maiores fortunas cresceram 19%", afirmou, sublinhando a necessidade de Portugal renegociar a dívida externa nos "montantes, prazos e juros".