Soma da Zon e da Optimus dá origem à marca NOS

A fusão das duas companhias resulta numa empresa com "atitude de liderança" que vem "reclamar" o que é seu, segundo os seus responsáveis.

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Miguel Almeida, líder da operadora José Maria Ferreira

O nome Zon Optimus nem chegou a aquecer o lugar. No final de Fevereiro, quando a empresa resultante da fusão entre a Zon e a Optimus apresentou o seu plano estratégico, o presidente Miguel Almeida já tinha deixado o aviso: duas marcas fortes teriam de cair para dar lugar a uma nova marca que traduzisse “grandes ambições”. E nesta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, antes de apresentar a nova marca a mais de seis mil colaboradores, sublinhou: "Hoje nasce um novo operador".

Mas, segundo o gestor, os clientes Optimus e Zon “podem ficar tranquilos porque nada mudará para eles”: os pontos de contacto com a empresa mantêm-se, tal como os tarifários. “Mas não estamos a fazer isto para ficar tudo na mesma”, salientou o presidente executivo da NOS SGPS. “Ao longo dos próximos meses/anos o que vão ver é uma empresa muito dinâmica”, com um “forte investimento na convergência”.

Miguel Almeida não quis revelar quanto custou mudar a marca que a partir de agora dará nome a todas as áreas de negócio do grupo (televisão paga, comunicações móveis – embora se mantenham as marcas WTF e TAG para o segmento juvenil -, cinemas, distribuição de conteúdos e mesmo os festivais de música Optimus Alive e Optimus Primavera Sound). O gestor cingiu-se às metas de investimento que foram avançadas no final de Fevereiro para os próximos cinco anos – mil milhões de euros – para dizer que o custo de mudança da marca foi uma pequena parte disso. Mas também notou que o verdadeiro investimento na construção da marca NOS começa agora. “Há toda uma estratégia de ganho de notoriedade e comunicação” que o grupo vai pôr em marcha, explicou.

E a NOS vem para roubar clientes à concorrência? Miguel Almeida não quer usar “uma palavra tão forte”. “Vimos reclamar o que é nosso”, contrapõe. “Nós temos o nosso caminho, a nossa estratégia. É claro que reagimos ao mercado, mas temos uma atitude de liderança”, assegura. Apesar de reconhecer que a marca NOS foi adoptada tendo em conta as implicações nas línguas dos mercados que a empresa já identificou – e cujos detalhes não quer revelar - Miguel Almeida, sublinhou mais uma vez que a “a prioridade” da NOS é o mercado português.

Já em África, a ZAP (outra parceria com a empresária angolana Isabel dos Santos onde a NOS tem 30%) “tem um caminho” para fazer e irá manter-se, assegurou

Aos colaboradores, Miguel Almeida sublinhou a importância de ter uma nova marca que "seja facilmente associada a todos os serviços e a todos os segmentos" onde a empresa está  e "que seja compatível com todos os desafios que a empresa vai enfrentar".

A apresentação desta marca com que se abriu “uma nova etapa” na vida do grupo empresarial da Sonaecom e de Isabel dos Santos tem extensão prevista num espectáculo na Praça do Município, em Lisboa, com um acto multimédia com vídeo-mapping e fogo de artifício, em que participa o grupo de teatro de Barcelona, La Fura Dels Baus.

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