Printoo: montar sistemas de microelectrónica como quem brinca com Legos

A Printoo quer tornar a microelectrónica mais acessível. Depois de uma campanha de crowdfunding bem sucedida, a empresa portuguesa está a construir pequenos módulos que vão desde placas de circuito flexíveis a tinta condutora

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A história da Printoo começa na Universidade Nova de Lisboa, onde um grupo de investigadores forma a YDreams, uma empresa de tecnologia de ponta especializada em plataformas de realidade virtual imersiva. Após a expansão para Espanha e Brazil nasce a Ynvisible, um departamento voltado para o desenho de tecnologia interactiva aplicada a produtos impressos.

É da Ynvisible que surge agora a Printoo, uma manifestação da cultura “open-source”. O projecto procura construir módulos de microelectrónica ágil e passíveis de serem facilmente combinados pelos clientes. Tudo, claro está, com acesso livre a código e esquemas de “layout”. Após uma campanha bem-sucedida no Kickstarter (na qual ultrapassou a meta de doações em 34.000 dólares, cerca de 25 000 euros), a Printoo vai agora montar módulos de microelectrónica recorrendo a uma combinação de componentes de fornecedores externos e componentes desenvolvidos autonomamente.

Fitas de LED com a espessura de cartolina, circuitos que se poderão adaptar a superfícies curvas, painéis fotovoltaicos suficientemente pequenos para caber na pala de um boné. A equipa da Printoo anuncia que "mal podemos esperar para ver o que vocês fazem", mas entretanto vão dando ideias para usos: carros telecomandados por telemóvel através de bluetooth e contadores electrónicos accionados por touch são apenas algun dos exemplos.

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A empresa prevê poder disponibilizar os seus módulos para venda a Outubro deste ano. Nesse momento serão também divulgados os esquemas e códigos de todos os módulos e aplicações.

Texto editado por Andréia Azevedo Soares

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