Melo, Rangel e a Murganheira: “Se não tiveres nojo, podes beber”

Aliança Portugal visita caves da Murganheira e leva champanhe para festejar saída da troika e "vitória" eleitoral.

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Uma coligação, com espumante Miguel Nogueira

São sete quilos de pressão acumulados numa garrafa Murganheira: jorram para o alto e molham a desprevenida comitiva da campanha Aliança Portugal. “Se não tiveres nojo podes beber”, diz Nuno Melo, depois de engolir alguns goles, dirigindo-se para Paulo Rangel. O cabeça de lista recebe a garrafa e replica: “Isto é uma coligação”. E bebe pelo gargalo do Murganheira, já “champanhizado”.

O momento da visita às caves da Murganheira, em Tarouca, Lamego, foi o momento escolhido pelos candidatos para lembrarem o que têm de celebrar: o 17 e o 25 de Maio. Perante as câmaras de televisão, Nuno Melo escolheu uma garrafa de “czar triplamente medalhada em homenagem aos portugueses, principais obreiros do sucesso” da saída do programa da troika. Por um euro, para a Cruz Vermelha, Paulo Rangel trouxe outra garrafa para festejar a “vitória” de dia 25.

O primeiro dia de campanha oficial arrancou no interior do país, na Guarda. Ao final da manhã, numa esplanada do centro da cidade, quase sem ninguém, Paulo Rangel foi questionado pela imprensa regional sobre a desertificação do interior e a queda da natalidade. Depois, a caravana percorreu duas ruas da cidade para distribuir canetas e alguns panfletos. Pouca gente, pouco entusiasmo. 

Ao almoço, com apoiantes, o cabeça de lista apontou para o PS. “Se alguém pôs em causa o estado social depois do 25 de Abril foi o PS, um Governo que levou o país bancarrota não está a defender o estado social. Foi o que os socialistas fizeram em 2009, 2010 e 2011”, afirmou.

No discurso de Nuno Melo, o horizonte já não são as europeias mas as legislativas de 2015. “Os socialistas foram a competência em serem incompetentes. E agora que há reservas financeiras para um ano querem voltar lá. E compete-nos a nós dizer não, não não”, afirmou o vice-presidente do CDS.

Depois das duas intervenções, todos de pé para ouvir o hino nacional. É assim – e será – em todas as iniciativas de campanha com discursos dos candidatos, dizem elementos da caravana da Aliança Portugal.

 

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