Algarvios lançam-se em "caça ao tesouro" pela EN2

Quem entra no jogo, pode começar a tentar reunir "tesouros" de diferentes temas que dão direito a diferentes diplomas.

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Participação nas actividades de geocaching é gratuita Foto: Paulo Ricca

A Estrada Nacional 2 (EN2) vai ser percorrida de bicicleta por dois algarvios que querem ser os primeiros a completar o diploma daquela estrada em geocaching, uma espécie de caça ao tesouro por GPS, disse à Lusa o mentor da aventura.

A aventura tem início a 24 de Junho, quando António Guerreiro, professor de educação física, de 40 anos, e Carlos Jerónimo, electricista, de 41 anos, começarem a pedalar de Chaves, o quilómetro zero daquela estrada, até ao quilómetro 737, em Faro.

No plano de viagem, os dois ciclistas de Olhão prevêem fazer mais de 100 quilómetros por dia que serão interrompidos pela busca das cerca de 82 "geocaches" referenciadas no site oficial do jogo. "Aquilo que nos propomos, é fazer a EN2 de bicicleta e juntar o útil ao agradável tentando encontrar todas as geocaches", objectos escondidos e referenciados por GPS, um sistema de posicionamento global por satélite, explicou António Guerreiro.

As geocaches, escondidas com diferentes graus de dificuldade, são normalmente um recipiente, que até pode ser uma caixa de rolo fotográfico, onde estão algumas informações sobre o jogo e onde os jogadores assinam a sua presença.

Se conseguirem encontrar todas as peças escondidas na EN2, a mais extensa estrada nacional portuguesa, estes dois ciclistas ficarão no topo do ranking e obterão o diploma que almejam e que nunca foi atribuído. "O geocaching é uma caça ao tesouro dos tempos modernos, só que, enquanto antigamente se usavam mapas, neste jogo isso é feito com coordenadas GPS", explicou António Guerreiro.

Quem entra no jogo, pode começar a tentar reunir "tesouros" de diferentes temas que dão direito a diferentes diplomas, desde diplomas de monumentos, faróis, entre outros, como é o caso do diploma da EN2.

Para Carlos Jerónimo, o jogo não se limita a encontrar objectos escondidos em coordenadas divulgadas online. "A ideia é, também, levar as pessoas a pontos de interesse, a monumentos, pontos desconhecidos que se não fosse por esse motivo as pessoas não conheciam", disse.

António Guerreiro explicou que para a maioria dos "geocachers" [jogadores] o jogo serve de guia turístico. "Quando vou de férias nem me dou ao trabalho de ir aos guias turísticos à procura de pontos de interesse, vou ao site do geocaching e passo todas as caches que existem naquele sítio para o GPS", observou.

Durante a aventura, que terminará a 29 de Junho, os dois algarvios vão contar com um carro de apoio e vão descansar, na maioria das vezes, em quartéis de bombeiros.

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