Necessidade de fazer “alguma calibração" adiou a divulgação do Documento Estratégia Orçamental

Passos Coelho ainda não sabe quando fará a comunicação ao país sobre a saída da troika, dizendo apenas que será antes da próxima segunda-feira e que nada será dado como certo antes do fim da 12ª avaliação.

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Passos inaugurou a Ovibeja António Carrapato

O primeiro-ministro justificou, esta quarta-feira à tarde, durante a visita à Feira do Alentejo-Ovibeja, o adiamento da divulgação pública sobre o Documento de Estratégia Orçamental com a necessidade de fazer “alguma calibração e pequenos acertos técnicos” das medidas.

Reconheceu ainda que a elaboração do documento foi marcada por “alguma complexidade técnica” que obrigou a que, do ponto de vista económico e financeiro, fosse preciso aguardar “mais algum tempo para que todos os mapas que fosse necessário apresentar fossem elaborados com cuidado e rigor financeiro”.

Sobre a sua comunicação ao país para anunciar a posição do Governo no período pós pós-troika, Passos Coelho disse não ser ainda possível avançar uma data certa, mas que a comunicação ao país “tem de ser antes de segunda-feira” conforme compromisso que o primeiro-ministro assumiu.

Adiantou apenas que não vai anunciar uma decisão “discricionária”, determinada por condições subjectivas -  “se estou mais inclinado para um lado ou para outro” -, frisando que é uma matéria que só pode dar por concluída “depois de estar fechada a 12ª avaliação”. Como esta ainda está em curso, até à sua conclusão o primeiro-ministro não vai fazer nenhum comentário sobre o processo.

Trata-se de "um exercício a que o Governo tem vindo a proceder", disse, mas que só "pode concluir depois de estar fechada a 12.ª e última avaliação" da troika. A conferência de imprensa sobre a conclusão da 12ª avaliação deve acontecer nos próximos dias, sendo expectável que aconteça na próxima sexta-feira.

Por outro lado, acrescentou, só depois de terminada a avaliação é que vai proceder a uma leitura “atenta” das condições de mercado, quer daquilo que tem sido as perspectiva quer dos financiadores externos, quer aquilo que são as expectativas dos portugueses, e na sequência disso solicitará aos ministros a sua posição e só então comunicará ao país a sua posição final.


 

  



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