Lucros do Facebook triplicam até Março e atingem 642 milhões de dólares

Receitas de publicidade móvel crescem 82% e fazem disparar ganhos da rede social, que já tem 1280 milhões de utilizadores.

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O Facebook atribuiu o problema a uma falha no sistema de sincronização Miguel Madeira

O Facebook registou um resultado líquido de 642 milhões de dólares (aproximadamente 465 milhões de euros) no primeiro trimestre, triplicando os números obtidos no mesmo período do ano passado. Os resultados divulgados na quarta-feira superaram as estimativas dos analistas e reflectem o crescimento das receitas de publicidade, que dispararam 82%, para 2270 milhões de dólares (1642 milhões de euros).

Quase dois terços destas receitas (59%) são já provenientes da aplicação móvel do Facebook, um dado que é atentamente monitorizado por investidores e analistas pois quando a empresa entrou em bolsa, em Maio de 2012, o contributo desta aplicação para o volume de negócios era incipiente.

As receitas totais da rede social fundada por Mark Zuckerberg atingiram 2502 milhões de dólares (1810 milhões de euros), acima do valor médio esperado pelos analistas contactados pela Bloomberg, que era de 2300 milhões de dólares (1665 milhões de euros). O Facebook tem mais de 1280 milhões de utilizadores activos e, destes, mais de 1000 milhões usam a aplicação móvel.

Este é um caminho que a empresa quer liderar. Na segunda-feira foram conhecidos os planos do Facebook para lançar a sua própria rede de publicidade para dispositivos móveis, através de uma plataforma onde pretende dar a conhecer aos anunciantes ferramentas de publicidade, principalmente aplicações para móveis. Segundo a imprensa norte-americana, esta plataforma deverá ser oficialmente lançada na próxima semana.

A revista Wired escreve que o Facebook “provou que é o futuro da publicidade móvel” e cita dados de um relatório da fabricante de software Adobe, que apontam para um aumento de 70% dos cliques em anúncios no Facebook. Ainda que só 40% dos anúncios tenham efectivamente sido visualizados a Wired diz que os números provam que a rede de Zuckerberg desenvolveu “uma certa habilidade para apresentar anúncios que as pessoas estão efectivamente interessadas em ver”.

Por isso, apesar de rivais como a Google também operarem as suas próprias plataformas de publicidade, o Facebook tem uma posição única para captar as atenções dos consumidores, gerindo anúncios em funções da idade, do sexo, da localização geográfica, dos interesses e actividades e de todas as pesquisas realizadas na Internet pelos seus utilizadores. Assustador para alguns, um negócio de muitos milhões para o Facebook.

As mudanças que se vivem na empresa também passam pela equipa de gestão. A companhia aproveitou a apresentação de contas para anunciar a saída do administrador financeiro David Ebersman, que estava na empresa há cinco anos e será substituído pelo actual vice-presidente, David Wehner, a partir de 1 de Junho.

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