Luís Filipe Vieira: "Não caímos na tentação de sermos suicidas"

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Luís Filipe Vieira agradeceu a Mário Dias Nuno Ferreira Santos

O presidente do Benfica destacou na terça-feira à noite a importância da estabilidade na equipa profissional de futebol, que permitiu a recente conquista do 33.º título nacional, depois da desilusão que se abateu sobre os "encarnados" na época passada.

Luís Filipe Vieira, que discursava num jantar com deputados afectos ao clube, no camarote presidencial do Estádio da Luz, lembrou "as três finais" que o Benfica perdeu na temporada transacta, mas frisou, sobretudo, as poucas alterações efectuadas no plantel, que no domingo arrecadou o título de campeão.

"Não caímos na tentação de sermos suicidas, de mudarmos tudo e colocarmos tudo em causa. Tivemos a capacidade de mudar apenas o que era necessário mudar e manter tudo o resto. É por isso que estamos hoje a celebrar este título", afirmou, perante cerca de 80 deputados benfiquistas.

O líder das "águias" referiu que o "título não foi ganho, nem festejado contra ninguém", ainda que sublinhando ter sido "uma grande lição para aqueles que só aparecem nas horas más e nunca para ajudar a construir".

"Depois do que sucedeu na época passada, sempre acreditei que este era o caminho e que o futuro nos iria compensar por tudo o que nos tirou naquele momento. Tivemos o mérito de não desistir e, quando caímos, tivemos a capacidade de nos levantarmos com muito mais força", disse.

No entanto, dois dias após a conquista, Luís Filipe Vieira não esqueceu as restantes competições em que o Benfica está envolvido, tendo desde logo apontado à partida das meias-finais da Liga Europa, frente à Juventus.

"No domingo, começámos a reescrever a história do ano passado. Na próxima quinta-feira, temos de continuar a fazê-lo. Não temos de ter medo de falhar, mas temos de ter a ambição de estar ao nível da nossa história. Estes jogadores e esta equipa técnica estão ao nível da nossa história", adiantou.

Por outro lado, o presidente benfiquista fez questão de lembrar "o ano carregado de luto", devido ao desaparecimento de Eusébio e Mário Coluna, "as duas maiores referências do clube", e do antigo deputado socialista e adepto benfiquista Manuel Seabra, todos falecidos no início deste ano.

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