O deputado madeirense Eduardo Welsh, cabeça-de-lista do Partido da Nova Democracia (PND) às eleições para o Parlamento Europeu, defendeu esta quarta-feira “a revisão total da política do euro e o regresso à Comunidade Económica Europeia como existia antes do Tratado de Lisboa”.

“Na Comunidade Económica os países continuaram a ser independentes, na União Europeia a soberania dos Estados-membros foi desbaratada com o euro”, lamentou Welsh, actual deputado na Assembleia Legislativa da Madeira. Por outro lado, frisou, “as economias dos países que não aderiram à moeda única, como Reino Unido, Dinamarca e Suécia, sobreviveram e não estão a sofrer a crise como Portugal está”.

“A crise do euro não acabou” e, porque “o euro qualquer dia rebenta”, o candidato do PND defendeu que “temos de encontrar uma alternativa e obrigar a Europa a mudar de rumo”. No caso concreto de Portugal, conclui que “a dívida está agora mais elevada do que antes da intervenção da troika”.

Definindo-se como euro-critico, no anúncio da candidatura feito esta quarta-feira no Funchal, Eduardo Welsh lamentou que as candidaturas da Aliança Portugal (PSD/PP) e do PS não questionem as políticas da União Europeia. “Estão em sintomia, não tem críticas a fazer à Europa que nos impingiu o euro sem nos consultar”, disse, acrescentando que “cerca de 60% das leis aprovadas nos estados-membros vêm de Bruxelas”. Portugal, concluiu, "tem pouco poder e está impedido de dizer não às directrizes europeias”.

Da lista de candidatos do PND não consta o nome do actor e produtor Nicolau Breyner, que foi incorrectamente referido pelo PÚBLICO como número um. Nesta posição figura Eduardo Welsh, 47 anos, doutorado em Historia Chinesa e deputado no parlamento madeirense, o único onde o PND está representado. Seguem-se-lhe Nuno Almeida (Porto) e Paula Cardoso (Lisboa).