"Pinto grátis. Rápido, limpo e discreto. A qualquer hora, fins-de-semana e feriados. Sem avisar e sem pedir autorização". Aviso. Estes murais estão assinados: escif. E "não interessa se escif é loiro ou moreno; se é um artista, um colectivo de artistas ou se é a cabeleireira da tua mãe", pode ler-se no site Street Against, que regista as manobras de diversão de um artista (ou colectivo de artistas ou a cabeleireira da tua mãe) que (não) se deixa manobrar pela sociedade que o rodeia. "Sentimos que a intervenção de rua faz sentido não por ter sido feita por um artista, mas por ter alguém que a vê", explicam os autores, que actuam na área de Valência, em Espanha, que não querem usar a arte como meio de auto-promoção. "Sentimos a arte como uma diferente forma de utilização do espaço público. As pessoas é que atribuem um significado aos murais. "A explicação do artista não interessa de todo. Uma grande pila numa ponte em frente a um edifício do KGB é uma grande pila numa ponte em frente a um edifício do KGB. Não queremos promover qualquer tipo de manifesto, nem queremos convencer ninguém. Isto são apenas palavras cheias de contradições. E as palavras, normalmente, são levadas pelo vento. Vamos tentar com imagens".