Físico português distinguido com prémio internacional de prestígio

Jorge Santos trabalha no Reino Unido e nos Estados Unidos.

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Jorge Santos na conferência em que o prémio foi anunciado (está de chachecol, atrás de Stephen Hawking, ao centro) Philip Mynott

Aos 32 anos, o físico português Jorge Santos, actualmente professor na Universidade de Cambridge (Reino Unido), no grupo de Stephen Hawking, e investigador na Universidade de Stanford (Califórnia, Estados Unidos), foi distinguido com um prémio internacional considerado de grande prestígio. O Prémio para Jovem Cientista em Relatividade Geral e Gravitação de 2014 foi atribuído pela Sociedade Internacional de Relatividade Geral e Gravitação e tem o valor monetário de mil euros.

Este prémio reconhece “contribuições extraordinárias de cientistas em fase inicial das suas carreiras”, na área de relatividade geral de Einstein e da gravidade. Retomado em 2013, a distinção é a continuação do Prémio Xanthopoulos, existente entre 1991 e 2010 e financiado pelo Governo grego (a crise na Grécia ditou então o seu fim). Até agora, o Xanthopoulos e a distinção que se seguiu apenas foram atribuídos a dez pessoas: entre os quatro europeus, Jorge Santos é o primeiro português, e o seu nome foi anunciado durante uma conferência científica em Cambridge no final de Março.

Licenciado em Engenharia Física no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, em 2005, Jorge Santos fez o mestrado no Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da Universidade de Cambridge, famoso por ser onde trabalha o físico britânico Stephen Hawking. Foi também nesse departamento que Jorge Santos concluiu o doutoramento em física teórica em 2010. Em Setembro de 2013, tornou-se professor aí e investigador na Universidade de Stanford. Uma das áreas em que trabalha é a dos buracos negros – objectos cósmicos cuja gravidade que exercem é tremenda, ao ponto de sugarem tudo o que está à sua volta –, que contribuíram para este prémio.

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