Guarda prisional detido por corrupção fica suspenso de funções

Guarda está indiciado por aceitar dinheiro de familiares de reclusos para introduzir telemóveis na cadeia da Covilhã.

Foto
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional reuniu hoje com o Ministério das Finanças Paulo Pimenta/Arquivo

O guarda prisional detido pela Polícia Judiciária (PJ) da Guarda terça-feira por alegada corrupção ficou suspenso de funções e proibido de contactar com colegas, familiares de reclusos e reclusos após ser ouvido esta quarta-feira pelo juiz de instrução criminal no Tribunal da Covilhã, disse ao PÚBLICO fonte da PJ.

O arguido foi ouvido pelo juiz durante várias horas, tendo o primeiro interrogatório judicial, para estabelecimento das medidas de coacção, terminado ao final da tarde, depois de ter começado manhã cedo naquele tribunal.

De acordo com a investigação da PJ, que durava já há vários meses, o guarda, de 47 anos, aceitaria dinheiro de familiares de reclusos para introduzir telemóveis no interior do Estabelecimento Prisional Regional da Covilhã. Não são conhecidos, para já, porém, quais os montantes em causa nem quantas vezes o suspeito realizou aquele procedimento.

Em comunicado, a Judiciária havia já esclarecido que a detenção se ficou a dever a “um crime de corrupção por violação dos deveres inerentes ao seu cargo” e que a mesma se fez em articulação “com o Ministério Público e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). O PÚBLICO tentou, sem sucesso, falar com a DGRSP.

Sugerir correcção
Comentar