Conseguido acordo de financiamento na expansão do Canal do Panamá

Com o anúncio de um acordo de financiamento, está previsto que o projecto de alargamento do canal do Panamá esteja finalizado em Dezembro de 2015

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Custo do projecto de expansão pode ascender os 7000 milhões de dólares CARLOS JASSO/REUTERS

O consórcio internacional responsável pela ampliação do canal do Panamá, liderado pelo grupo espanhol Sacyr, e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) chegaram nesta quinta-feira a um acordo preliminar para a continuação das obras de expansão da rota marítima que estiveram paralisadas durante 15 dias.

Está previsto que o projecto de alargamento, que sofreu uma derrapagem de custos de 1600 milhões de dólares (cerca de 1172 milhões de euros), esteja finalizado em Dezembro de 2015, segundo a Reuters.

O acordo estabelece que cada uma das partes deve injectar um montante de 100 milhões de dólares (cerca de 73 milhões de euros), e que enquanto isso o consórcio se poderá financiar através uma caução de 400 milhões de dólares (cerca de 293 milhões de euros) convertidos num empréstimo pela seguradora Zurich. O entendimento também se estende ao reembolso dos adiantamentos feitos pela ACP ao consórcio, no valor de 784 milhões de dólares (cerca de 574 milhões de euros) até 2018, o mais tardar.

A Sacyr confirmou ao regulador do mercado de capitais espanhol, nesta sexta-feira, que “tinha chegado a um acordo conceptual para a resolução dos problemas de financiamento que afectam o projecto de construção do terceiro conjunto de eclusas [construções que permitem que os barcos subam ou desçam em locais onde há desníveis] do canal”. A empresa acrescentou que “aguarda a rápida conclusão do acordo e do financiamento com o intuito de executar as obras de forma eficiente e concluir o projecto”, segundo o El País.

Jorge Quijano, o administrador da ACP, afirmou que o acordo está sujeito a uma revisão e ainda precisa de ser assinado. O alargamento do canal do Panamá “estará completo dentro dos termos do contrato (Dezembro deste ano), tal como exigimos desde o primeiro dia”, disse.

O consórcio, também constituído pela italiana Impregilo, pelo grupo belga Jan de Nul e pela empresa panamiana Constructora Urbana, tinha inicialmente orçamentado o projecto de expansão da rota marítima em 5250 milhões de dólares (cerca de 3845 milhões de euros), mas os custos extra podem fazer com que o valor da obra ascenda aos 7000 milhões de euros (cerca de 5126 milhões de euros).

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