Até para a quinzena

Como assinante anual da revista semanária New York fiquei chateado ao ler na edição desta semana que passará a sair quinzenalmente. Primeiro porque gostava de lê-la todas as segundas-feiras, logo depois de ter acabado a New Yorker. Segundo porque, quando assinei, comprei 49 edições e agora só vou receber 29 por ano. Nem sequer falo em indemnizações. Mas deveriam dar aos assinantes o número de revistas – agora quinzenais – que contrataram.

De há um ano para cá a New York tem tido cada vez mais "números duplos", como se estivessem a preparar-se para a grande mudança. A New Yorker também tem feito o mesmo: espero que também não esteja a planear uma má surpresa para os leitores.

O declínio das revistas citadinas semanais – das quais a Time Out Lisboa é uma gloriosa excepção – tem sido melancólico. Mas, a partir de hoje, torna-se possível que se passe uma semana inteira sem que saia um número da New York ou da New Yorker.

São revistas muito diferentes mas, pelo menos no último ano, nunca coincidiram nos números duplos. Quando a New Yorker fazia um double issue, a New York saía na semana seguinte. É impensável que o tenham planeado – mas é como se tivessem.

Mesmo com o Private Eye (que só se pode assinar em papel mas chega depressa e em bom estado a Portugal) não estou habituado ao ritmo quinzenal. Nunca me lembro se é nesta semana ou na próxima que sai o raio da revista. Os quinzenários são um corte. Em todos os sentidos da palavra.

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