À noite, a Coreia do Norte desaparece da fotografia

A imagem foi tirada a partir da Estação Espacial Internacional e nela se vê que a luz em Pyongyang praticamente desaparece, vista a 321 km de altitude.

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Do espaço, a costa norte-coreana confunde-se com o mar Justin Wilkinson, Jacobs/ NASA-JSC

A tripulação da Estação Espacial internacional fotografou a península coreana a partir do espaço e o resultado é este: à noite, a Coreia do Norte desaparece da fotografia, porque os pontos de luz são escassos ou nem existem.

“A Coreia do Norte está quase completamente às escuras quando comparada com a Coreia do Sul e com a China", diz o comunicado da agência espacial americana que acompanha a imagem divulgada esta terça-feira.

A NASA diz que esta imagem, obtida a cerca de 321 quilómetros de altitude, permite entender a importância das cidades, pois a luz denuncia as suas dimensões. Nesta análise, a agência explica o que se percebe quando se olha para a fotografia tirada a 30 de Janeiro pela tripulação da expedição 38. A costa norte-coreana nem se vê, parecendo que a maior parte do que está acima da Coreia do Sul faz parte do mar Amarelo e do mar do Japão. "A costa norte-correana é difícil de detectar".

A diferença entre os dois países da península está à vista, com Seul (capital do Sul), uma metrópole de 25,6 milhões de pessoas – quase tantas como os 24 milhões de habitantes de toda a Coreia do Norte – a surgir como um intenso foco de luz. Pyongyang (capital do Norte), que em 2008 tinha uma população de 3,260 milhões, uma luminosidade idêntica às mais pequenas cidades do Sul.

Estas disparidades de luminosidade ilustram bem a diferença de consumo de electricidade nas duas Coreias, diz o comunicado da NASA: no Sul é de 10.162 kilowatt-hora e o Norte de 739 kWh. A Coreia do Norte figura na 71.ª posição entre os consumidores de energia.

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