Alemanha terminou 2013 sem défice público

Maior economia do euro registou excedente orçamental pelo segundo ano consecutivo.

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Com a reeleição, Angela Merkel manteve na pasta das Finanças Wolfgang Schäuble DAVID GANNON/AFP

A Alemanha manteve o controlo das contas públicas em 2013. Depois de registar um excedente de 0,1% do produto interno bruto (PIB) em 2012, a maior economia da zona euro terminou o ano passado sem défice público.

Segundo as contas definitivas publicadas nesta terça-feira pelo Destatis, o instituto federal estatístico, a Alemanha apurou um excedente orçamental de cerca de 300 milhões de euros. Medido em percentagem do PIB, este valor corresponde a 0%.

O valor agora conhecido — que abrange o Governo federal, os estados regionais, os municípios e a Segurança Social — é ligeiramente melhor do que a estimativa provisória divulgada em Janeiro, que apontava para um défice de 0,1%.

As contas do Governo central e os estados regionais fecharam com um saldo negativo, mas os municípios, assim como a Segurança Social, encerraram o ano com um excedente.

A Segurança Social registou um saldo positivo de 6600 milhões de euros, menos 63,93% menos do que os 18.300 milhões de 2012, o maior excedente registado desde o início da década de 1990. Esta redução, explica o Destatis, deve-se à descida das contribuições para o regime de pensões, à diminuição de atribuição de subsídios federais e ao fim da cobrança de uma taxa de consultas médicas.

Ao apurar de novo um saldo positivo entre receitas e despesas, este é o segundo ano consecutivo em que a Alemanha regista um excedente orçamental. Antes, em 2011, registou um défice de 0,8% segundo as regras de Maastricht e nos dois anos anteriores o saldo fora mais negativo: em 2010 registou um défice de 4,2%, mais alto do que no ano anterior, que se fixara em 3,1%.

Com a reeleição de Angela Merkel, neste terceiro mandato em coligação com os sociais-democratas, a CDU manteve do seu lado a liderança do Ministério das Finanças. Wolfgang Schäuble, aliado de Merkel na gestão da crise da moeda única, esteve no terreno durante a campanha eleitoral das legislativas de Setembro passado e segurou nas suas mãos a importante pasta das Finanças.

Várias sondagens mostravam que a maioria dos inquiridos desejava que Schäuble se mantivesse no cargo, o que veio a acontecer quando em Dezembro ficou fechada a distribuição das pastas entre os ministros da grande coligação.

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