PS exige a Passos explicações sobre cortes de três mil milhões de euros em 2015

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O PS encara a situação com “grande preocupação”, disse Eurico Brilhante Dias Filipe Arruda

O PS exigiu que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, esclareça já nesta sexta-feira que compromissos assumiu com a troika sobre cortes definitivos nos salários dos funcionários públicos e pensionistas e para maior flexibilização da legislação laboral.

Este repto a Pedro Passos Coelho, que nesta sexta-feira abre o Congresso Nacional do PSD, foi feito por Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, em conferência de imprensa.

"Foram anunciados mais três mil milhões de euros de cortes. Por isso, é urgente e exigível que o primeiro-ministro responda que acordo fez com a troika para mais cortes nos salários da Função Pública e nas pensões e que cortes são definitivos. Que outras medidas de flexibilização de salários e da lei laboral tiveram o acordo do Governo português com a troika durante a 10ª avaliação?", questionou o dirigente socialista.

Em conferência de imprensa, o membro do Secretariado Nacional do PS exigiu ainda ao primeiro-ministro e presidente do PSD um esclarecimento sobre "quais são as 172 repartições de finanças que vão fechar no país até maio e quais são as deduções de IRS na saúde e educação que os portugueses verão cortadas em 2015".

"Não se percebe também por que razão o Governo vem dizendo aos portugueses que a troika vai embora em maio próximo e na 10ª avaliação já tem um conjunto de acordos em torno de medidas objectivamente posteriores a maio de 2014", disse, antes de criticar recentes declarações proferidas pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.

Eurico Brilhante Dias referiu que o líder da bancada social-democrata sustentou a tese de que Portugal está melhor, embora a vida das pessoas não.

"O que é Portugal senão os portugueses? Quem não percebe que Portugal são os portugueses, a vida de todos os dias, não percebe que um programa de empobrecimento não pode ser bom para o país se é mau para os portugueses", acrescentou.

 

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