Os clubes nacionais sabem produzir râguebi de qualidade

O Técnico confirmou que é um real candidato ao título 2013-14, mas não há falta de jogadores de bom nível no GD Direito

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António Simões dos Santos

Em fim-de-semana de jogo da selecção nacional, assistiu-se em Lisboa a um jogo de râguebi bastante interessante, de qualidade superior, e com inúmeros aspectos a registar.

O primeiro é a confirmação de que o Técnico é um real candidato ao título 2013-14. Terá sido o teste mais difícil que a equipa das Olaias teve nesta época, que continua quase imaculada, e ficou demonstrado que têm argumentos para lutar, até ao fim, pela conquista da Divisão de Honra.

Mesmo privada de quatro internacionais - há quanto tempo não ocorria este fenómeno nos “engenheiros” -, o Técnico mostrou-se muito forte, eficaz, simples e dinâmico. Souberam aproveitar bem os seus pontos fortes e minimizaram os mais débeis.

Espelho, aliás, das características dos seus jogadores estrangeiros que, sem serem exuberantes, são de facto inteligentes e assertivos. Encaixam na perfeição na equipa, que cumpre 50 anos na presente época, e potenciam o melhor que há nos jogadores portugueses que completam esta surpreendente equipa.

Jogadores nacionais que, passo a passo, vão fazendo o seu caminho e, a cada dia que passa, reforçam a confiança que podem conquistar o título. E com qualidade!

E se o GD Direito jogou sem importantes peças (Vasco Uva, Jorge Segurado, João Correia, António Aguilar, Manuel Vilela, Luís Sousa, Rui D’Orey e Adérito Esteves), não deixa também de ser verdade que aqueles que entraram pelos actuais campeões nacionais fizeram um excelente jogo.

Não fosse um ou outro momento de falta de maturidade, quase faziam esquecer tantas ausências. Maturidade essa que, lá mais para a frente, poderá fazer a diferença. Mas, é preciso referir, que jogadores em qualidade e quantidade não faltam para os lados de Monsanto.

Desde os mais novos (Vaz Antunes fez, mais uma vez, um excelente jogo) aos mais velhos (Diogo Coutinho demonstrou que está aí para as curvas e corou a boa exibição com um grande ensaio). Pelo meio, Luís Portela, Francisco Tavares, Salvador Palha, Gonçalo Malheiro, António Ferrador, Bruno Raposo, Francisco Palhavã, João Ventosa (grande jogador este homem) asseguravam a consistência da equipa.

E Manny Raposo, que entrou já na segunda parte, mostrou que é um dos melhores, se não mesmo o melhor, médio de formação a actuar, neste momento, em Portugal.

Em resumo, Técnico e GD Direito demonstraram que há râguebi de qualidade na Divisão de Honra. E fizeram-no sem os jogadores que estiveram ao serviço das selecções nacionais. É de registar!

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