Kim Dotcom, criador do site Megaupload, vai lançar partido político

Foto
Dotcom está radicado na Nova Zelândia Foto: Michael Bradley/AFP

Dotcom (que já se chamou Schmitz) foi detido em casa, em Janeiro de 2012, numa operação policial com contornos cinematográficos, e o site Megaupload, que servia para a partilha de ficheiros e era usado por cerca de 180 milhões de pessoas, foi desmantelado.

Libertado sob fiança, Dotcom – uma personagem conhecida pela corpulência e gostos extravagantes – não tem estado parado. Há um ano, e numa atitude de desafio, lançou um outro site de partilha de ficheiros, chamado Mega, que rapidamente se tornou uma plataforma para a circulação não autorizada de filmes, música e demais conteúdos.

Também gravou um álbum de música electrónica. “Quando se tem uma família com cinco filhos, e se enfrenta uma acusação que pode significar 80 anos na prisão, não se está num bom estado mental. Mas por isso é que a música me ajudou. Quando estava no estúdio, tudo o resto se desligava”, explicou agora numa entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Como se a música, o novo site, os cinco filhos e o processo legal não fossem suficientes, está prestes a fazer uma incursão na política: o partido com que tenciona candidatar-se este ano nas eleições legislativas da Nova Zelândia vai apresentar-se no dia 20 de Janeiro. A data é a véspera do 40º aniversário de Dotcom e também o segundo aniversário da detenção. O consultor político de Dotcom, diz o Guardian, tem entre a lista de clientes o oligarca russo Mikhail Khodorkovsky, recentemente libertado.

Com uma reputação pouco abonatória, Dotcom (que nos anos 1990 foi condenado a uma pena de prisão suspensa por fraudes informáticas) tem tentado nos últimos tempos passar a imagem de um defensor das liberdades online.

Sugerir correcção
Comentar