Incêndio na China destrói vila tibetana milenar

Pelo menos 100 das 700 casas de madeira da Vila de Dukezong, que significa “cidade da lua”, ficaram destruídas na província de Yunnan.

Mais de 1000 bombeiros tentaram controlar as chamas
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Mais de 1000 bombeiros tentaram controlar as chamas Reuters
Com as casas de madeira, o fogo rapidamente alastrou
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Com as casas de madeira, o fogo rapidamente alastrou Reuters
As chamas lavraram nove horas e só foram controladas já de manhã
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As chamas lavraram nove horas e só foram controladas já de manhã China Daily/Reuters
Um homem tenta salvar alguns dos seus bens da vila com 1300 anos
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Um homem tenta salvar alguns dos seus bens da vila com 1300 anos Reuters

O fogo deflagrou ainda durante a noite e rapidamente tomou grandes proporções, alastrando-se a várias das construções tradicionais tibetanas, feitas em madeira, descreve a agência Xinhua, citada pela AFP.

Mais de 1000 bombeiros e voluntários foram mobilizados para o local para combater as chamas, que só foram consideradas controladas já ao final da manhã deste sábado (hora local), com o vento e o tempo seco a dificultar o trabalho das autoridades. As fotografias da vila mostram labaredas com dezenas de metros um pouco por todo o bairro, a iluminar o céu ainda escuro. Até ao momento não há informação sobre o registo de feridos durante o incidente, diz a Xinhua, que adianta que a população foi retirada do local pelas autoridades.

As causas do incêndio, que esteve activo durante mais de nove horas, ainda estão por apurar. Por agora contabilizam-se apenas os estragos e o primeiro balanço aponta para que pelo menos 100 habitações tradicionais tenham ficado destruídas, estimando-se já prejuízos de 12 milhões de euros.

A vila de Dukezong, que significa “cidade da lua”, tinha sido fundada há 1300 anos e contava com 700 casas distribuídas por uma superfície de 16 quilómetros quadrados, sendo considerada um importante património arquitectónico da região e ponto de interesse turístico pelo excelente estado de conservação.

Shangri-La, ou Gyalthang em tibetano, viu o seu nome mudado em 2001, depois de durante muitos anos ter sido chamado de Zhongdian. O principal objectivo da mudança foi precisamente atrair mais turistas para o mítico local himalaia que chegou a ser descrito pelo escritor inglês James Hilton e que foi uma paragem importante na Rota da Seda.

Este é já o segundo incidente na mesma semana a manchar a cultura tibetana. Na vizinha província de Sichuan um outro incêndio destruiu um instituto budista, afectando sobretudo a estrutura do edifício.

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