Greve do lixo em Lisboa chega este domingo ao fim

Câmara anunciou que a partir da madrugada de segunda-feira normaliza recolha de lixo e serão varridas e lavadas ruas da cidade.

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Lixo acumulou-se na cidade nas últimas semanas Rui Gaudêncio

A greve dos cantoneiros do município de Lisboa, que se prolongava desde o dia 24 de Dezembro, em protesto contra a transferência de competências da câmara para as juntas de freguesia, termina no final deste domingo.

A Câmara de Lisboa já fez saber que, logo que a greve termine, na madrugada de segunda-feira, vai recolher lixo e varrer e lavar as ruas da cidade.

O objectivo, disse à agência Lusa o vereador da Higiene Urbana, Duarte Cordeiro, é "normalizar a situação o mais depressa possível".

A autarquia tem assumido as dificuldades que esta greve criou à gestão da limpeza e higiene urbana da cidade, mesmo tendo os trabalhadores cumprido os serviços mínimos e apesar da ajuda que a câmara recebeu das juntas de freguesia.

No dia 27 de Dezembro, o presidente da autarquia, António Costa, afirmou que os problemas de higiene urbana decorrentes da greve só deviam estar resolvidos a partir do dia 10 de Janeiro.

No dia 12 de Dezembro, os trabalhadores da higiene e limpeza urbana de Lisboa anunciaram que fariam greve à recolha do lixo entre os dias 24 e 28 desse mês. A paralisação foi marcada para o período entre a meia-noite do dia 24 e as 5h do dia 28 e afectou ainda as horas extraordinárias até este domingo, dia 5 de Janeiro.

No dia 28 de Dezembro, a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu um comunicado no qual recomendava aos lisboetas que evitassem depositar o lixo na rua durante esta greve, para prevenir situações de insalubridade e minimizar o impacto na saúde pública.

Duarte Cordeiro disse que, apesar de o protesto ter afectado a recolha do lixo, esta competência não transitará para as freguesias. Só a lavagem e a varredura das ruas vão passar a ser responsabilidade das juntas.

Para o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), "a greve atingiu os objetivos, chamando a atenção de todos para o problema dos 1.800 trabalhadores que o município vai transferir para as juntas".

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