Bolsa de Valores Sociais tem reunido pouco dinheiro

Desde que foi criada, em 2009, a Bolsa de Valores Sociais (BVS) portuguesa tem ficado aquém das expectativas na angariação de verbas para financiar projectos sociais. No primeiro ano, conseguiu 250 mil quando a meta eram 500 mil; este ano ficou-se pelos 100 mil euros. O fundador da bolsa, Celso Grecco, atribui os baixos valores à crise e não à falta de solidariedade dos portugueses.

A BVS reproduz o ambiente e o funcionamento de uma bolsa de valores, mas o investimento é feito em projectos sociais. “Qualquer pessoa pode tornar-se uma investidora social, mas apenas organizações sociais podem ter projectos cotados nesta bolsa”, diz. Apesar do conceito ter despertado interesse, no primeiro ano, a bolsa ficou aquém das expectativas. No total, desde que foi criada, em 2009, reuniu dois milhões de euros. Celso Grecco não esconde que os números o deixam frustrado, mas não o fazem desistir. Este ano, porém, a BVS decidiu suspender a cotação de novos projectos para se focar apenas na viabilização dos já cotados. Depois disso, deverá voltar a admitir a admissão de novos projectos.

Desde 2009, em 50 projectos, sete foram 100% financiados exclusivamente com recursos dos investidores sociais da bolsa e 27 foram-no através do Fundo Caixa Fã, uma parceria com a Caixa Geral de Depósitos.
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar