Rússia vai ter código de vestuário para professoras

Mini-saias e decotes arrojados são apenas algumas das coisas que as professoras russas vão ser proibidas de usar. Governo daquele país está a elaborar um código de vestuário

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Alexander Demianchuk/Reuters

A Rússia vai aprovar um 'muro da vergonha' para as professoras que se vistam de forma mais ousada e que se recusem a cumprir com o novo código de vestuário, de acordo com o jornal oficial "Rossiyskaya Gazeta".

O código de vestuário está a ser elaborado pela câmara baixa do Parlamento russo, juntamente com um novo uniforme escolar para os alunos e, apesar de não obrigar os professores a usar uniforme, inclui um conjunto de recomendações sobre a roupa apropriada.

As professoras serão, assim, impedidas de usar mini-saias, decotes arrojados ou demasiada maquilhagem, e os vestidos demasiado coloridos e acessórios de larga dimensão também estão proibidos, afirma a agência estatal russa, citando o jornal oficial do regime.

Apesar de os professores não poderem ser despedidos se se recusarem a obedecer às novas regras, os legisladores russos sugerem a colocação de fotografias num 'muro da vergonha', acrescenta o relatório.

Os uniformes escolares foram reintroduzidos na Rússia em Setembro deste ano e, ao contrário do que sucedia na União Soviética, não existe um uniforme único — cada escola tem o direito de decidir sobre o seu uniforme.

De acordo com uma das autoras do código de vestuário, a deputada Yelena Senatorova, que representa o partido do poder no comité parlamentar que analisa os assuntos familiares, "os professores permitem-se vestir com indisfarçável sexualidade e... têm biscates em clubes de 'striptease' ou anunciam serviços de caráter sexual na Internet", disse ao diário Izvestia.

De acordo com o levantamento feito pela agência de notícias russa, citando o Komsomolskaya Pravda, uma estagiária na escola pública da cidade de Yaroslavl trabalhava num clube de 'striptease', e uma professora de química na cidade de Togliatti foi multada por gerir um bordel no seu apartamento, cujas trabalhadores incluíam uma aluna de 17 anos, tendo ambas argumentado com os baixos salários dos professores.

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