Português condenado em Inglaterra por casamento de conveniência
Foram condenados mais dois nigerianos que teriam alegadamente casado com mulheres com passaporte português.
O júri não acreditou nos depoimentos de Nuno Moreira, de 29 anos, e de Leya Mtonga, de 39 anos, de que a cerimónia a 22 de Outubro numa conservatória do Registo Civil tinha sido genuína, e decretou que ambos eram culpados de conspiração para facilitar a imigração ilegal.
De acordo com o Nottingham Post, o juiz, Philip Head, não aceitou a gravidez de Mtonga como argumento para evitar uma sentença de prisão efectiva, afirmando: "Sou levado a concluir que foi uma decisão consciente e deliberada para tentar sustentar a sua pretensão de um casamento genuíno".
Um casamento é considerado por conveniência quando um cidadão não-europeu casa com outro de um país da União Europeia com a intenção de obter um visto de residência de longa duração, bem como o direito de trabalhar e reclamar apoios sociais.
No mesmo julgamento foram condenados mais dois nigerianos que teriam alegadamente casado com mulheres com passaporte português, uma das quais nunca terá entrado no Reino Unido. O conluio terá sido organizado por um homem, entretanto desaparecido, que dirigia uma agência de apoio a imigrantes, através da qual recrutava portugueses para casar com cidadãos extra-europeus com o visto a expirar.
Durante o julgamento, o procurador público terá apresentado provas da existência de pelo menos mais sete destes casamentos falsos e o envolvimento de outras 18 pessoas, refere o Nottingham Post.