Panda Bear e os amigos americanos e portugueses no Lux

Não é um festival, mas falta pouco. O americano Panda Bear dos Animal Collective programou a noite de hoje do Lux e, para além dele, lá veremos alguns dos protagonistas da música actual como Actress ou Eric Copeland

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O alinhamento da noite de sexta no Lux, em Lisboa, é tão rico e extenso que algumas influentes publicações internacionais, como a Pitchfork, escreveram que se tratava de um festival. Não é verdade. Mas quase.

Trata-se de Green Ray, a noite regular do Lux — desta vez em colaboração com a produtora Filho Único — na qual é endereçado convite a um músico para que seja o programador da mesma. Nicolas Jaar, Four Tet ou Carl Craig foram alguns dos curadores destas noites. Desta vez o desafio foi remetido a Noah Lennox, ou seja Panda Bear, músico americano com percurso a solo e nos Animal Collective, que reside em Lisboa há alguns anos, pelo menos enquanto não anda em digressão pelo mundo.

Apesar de ter participado vocalmente no último álbum dos Daft Punk, não convidou os franceses, mas do menu da noite faz parte uma interessante constelação de cúmplices de Nova Iorque, Detroit, Londres e Lisboa. Segundo ele as escolhas contemplaram artistas que, de alguma forma, confortam a sua realidade, mas também a colocam em casa, reabrindo dentro dele conversas sobre as possibilidades e o sentido da música.

Mas o grande motivo de atracção talvez seja mesmo o próprio Panda Bear (00h). É que o seu último álbum solitário, o celebrado Tomboy (2011), já tem dois anos e o músico americano está a preparar o lançamento de novo registo, tudo indicando que sexta à noite se farão ouvir em estreia mundial algumas canções que integrarão o quinto álbum a solo.

Também ao vivo se apresentará o inglês Darren Cunningham, ou seja Actress (02h), figura nuclear das electrónicas mais arrojadas que também se dançam. Não é fácil situá-lo, não surpreendendo que tanto integre o cartaz de grandes festivais, como projectos artísticos, como aquele que concebeu para a exposição de Yayoi Kusama para a Tate Modern.

De Nova Iorque virá Brian DeGraw, figura central do grupo Gang Gang Dance, que acabou de lançar um álbum a solo com o pseudónimo dbEEdEEgEE (23h). O disco saiu na histórica editora 4AD e conta com colaborações vocais de Lovefoxxx (Cansei de Ser Sexy) ou Alexis Taylor (Hot Chip), constituído um mosaico de recriações musicais audaciosas de horizonte incerto que, a muito custo, ainda se poderá denominar pop.

Também em concerto e igualmente de Nova Iorque, Eric Copeland (23h), pertencente aos Black Dice, virá revelar as canções do seu primeiro álbum a solo, Joke In The Hole, saído na editora DFA de James Murphy (ex-LCD Sounsystem), refazendo e mastigando as mais diversas fontes sonoras.

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