Pescanova decide oferta para evitar liquidação da empresa

As contas da empresa referentes a 2012 indicam perdas de 791,4 milhões de euros e um buraco patrimonial de 1487 milhões de euros.

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O conselho de administração da espanhola Pescanova decide nesta quarta-feira a proposta de reestruturação para evitar a liquidação da empresa com sede na Galiza e uma das suas maiores unidades em Mira.

Fontes próximas da empresa indicam que das várias ofertas de injecção de capital e de reestruturação a que parece suscitar mais apoio é apresentada pela Damm, principal accionista da Pescanova, e pelos fundos Luxempart e KKR (também presentes no capital da firma).

Na reunião de hoje nem os representantes da Damm nem da Luxempart estarão presentes, cabendo a decisão aos quatro conselheiros independentes e à Deloitte, empresa responsável pela administração na fase de pré-concurso de credores.

Fontes explicam que a oferta prevê a injecção de 250 milhões de euros para que o consórcio assuma o controlo de 51% da empresa.

Em causa está um consórcio liderado pelo presidente da Damm, Demetrio Carceller, junto aos fundos Luxempart, KKR e Ergon Capital Partners.

A banca credora pretende capitalização a dívida (convertê-la em acções) para assumir o controlo dos 49% restantes, numa operação que, a avançar, valeria 240 milhões de euros e representaria um haircut na dívida de 60%.

Já a oferta liderada pela Damm pretende um corte de 80% no passivo de mais de 3600 milhões de euros o que implicaria ‘perdoar’ 2900 milhões de euros.

O encontro de hoje decorre 24 horas depois de serem publicadas as contas da empresa referentes a 2012, onde se destacam as perdas de 791,4 milhões de euros e um buraco patrimonial de 1487 milhões de euros.

Em 2011 a Pescanova tinha declarado perdas de 260,1 milhões de euros e um património líquido de 790,7 milhões de euros.

 

 

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