Distrital do PS/Porto apela à "ética" dos dirigentes concelhios eleitos no sábado

Estrutura liderada por José Luís Carneiro reage às notícias do corte de relações pessoais com o presidente da concelhia, Manuel Pizarro, anunciado por este após ser reeleito com 60% dos votos.

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José Luís Carneiro e Manuel Pizarro estão agora de costas voltadas Fernando Veludo/NFactos

"No respeito pelo ideário do PS e por aquelas que são as convicções mais profundas dos seus militantes, o secretariado distrital apela à ética da responsabilidade de todos os dirigentes locais socialistas com vista à construção de uma alternativa de esperança para Portugal", lê-se no comunicado enviado pelo secretariado da Distrital do PS /Porto à imprensa.

Para a distrital socialista do Porto, liderada por José Luís Carneiro, agora que estão feitas as opções dos militantes "é o momento para convergir", para "perfilar o PS como plataforma essencial para a afirmação de uma alternativa à política destrutiva da direita", vincando que o atual Governo PSD/CDS-PP "tem dizimado o país".

A distrital diz-se disposta a apostar na "promoção da unidade estratégica de todos os socialistas no distrito do Porto", considerando que desta forma está dado o mote para "o caminho para a afirmação do PS como a única alternativa para um novo rumo para Portugal"

Esta estrutura diz "congratular-se" com a "forte participação e mobilização dos militantes no ato eleitoral interno" de sábado para as estruturas concelhias do PS.

De acordo com a distrital do PS/Porto, este ato eleitoral mobilizou "mais de 11 mil militantes em todo o distrito" em eleições para 18 concelhias e 85 secções.

"A todos os que se empenharam de forma responsável e participada, neste processo eleitoral, no respeito pelos valores democráticos e no debate interno de ideias, reconhecemos e congratulamo-nos com a valia do trabalho prestado em prol da vitalidade do partido no distrito do Porto", continua o comunicado.

Na segunda-feira, como o PÚBLICO noticiou, o líder reeleito da concelhia, Manuel Pizarro, tornou público o corte de relações pessoais com o líder da distrital, censurando o envolvimento que considera ter existido deste órgão no processo eleitoral. Em causa está a acusação de que houve pagamentos maciços de quotas em atraso de militantes em várias concelhias, designadamenteo no Porto, Trofa e Matosinhos.

Depois de reeleito com 60% dos votos, Pizarro considerou que "quem foi derrotada foi a federação do PS/Porto", afecta à liderança de António José Seguro.