Exportações abrandam em Outubro mas crescem 4% impulsionadas pelos combustíveis

Importações registaram subida ligeira face a Setembro. Défice da balança comercial diminuiu em 332 milhões de euros.

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As exportações portuguesas abrandaram em Outubro na comparação com Setembro, embora tenham registado um crescimento de 4% em termos homólogos, impulsionadas pela venda de combustíveis e lubrificantes, de acordo com as estatísticas do comércio internacional divulgadas nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A subida homóloga de 4% em Outubro compara com a de 9,9% registada em Setembro, que é um mês tradicionalmente forte nas exportações. O crescimento mensal em Outubro foi de 7,2% (valor que compara com os cerca de 19% registados em Setembro).

Segundo o INE, o crescimento homólogo deveu-se sobretudo ao comércio intra-comunitário e em particular à rubrica Combustíveis minerais, à semelhança do que tinha acontecido em Setembro. Quanto à variação mensal, o aumento de 7,2% deveu-se à evolução quer do comércio intra-UE quer do extra-UE, reflectindo sobretudo os acréscimos registados nas categorias Máquinas e Aparelhos, produtos Alimentares e Vestuário.

No caso das importações, o crescimento homólogo foi de 3,7% (um ligeiro aumento face ao crescimento de 3,5% registado em Setembro), em resultado essencialmente da evolução do comércio extra-UE (particularmente dos Combustíveis minerais). Em termos mensais, as importações subiram 9,9% graças ao comércio Intra-UE, “generalizado a quase todos os grupos de produtos, mas com maior destaque nas Máquinas e aparelhos, produtos Agrícolas e Metais comuns”, destacam os dados do INE.

Em termos trimestrais, os dados do INE revelam que as exportações aumentaram 4,6% no período terminado em Outubro e as importações, 1,2%, tendo o défice da balança comercial recuado 331,8 milhões de euros, enquanto a taxa de cobertura subiu 2,6 pontos percentuais para 79,7%.

No total, as exportações portuguesas ascenderam em Outubro a 4218 milhões de euros. Para os Estados-membros foram exportados cerca de 2934 milhões de euros (mais 3,9% face a ao período homólogo e mais 5,4% face a Setembro) e, para os países extra-UE, 1284 milhões de euros (uma subida homóloga de 4,7% e de 11,5% em termos mensais).

Nas trocas com a União Europeia, a evolução da categoria Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos foram fundamentais para o crescimento das exportações, refere o INE, que também destaca o comportamento das rubricas Vestuário e produtos Alimentares (principalmente Vinhos de uvas frescas). No comércio com países terceiros, o destaque foi para os Combustíveis minerais, Transformadores eléctricos e Plásticos e Borrachas.

As importações totalizaram 5317 milhões de euros, dos quais 3463 dizem respeito ao comércio intra-comunitário (mais 5,9% em termos homólogos e mais 20,6% face a Setembro) e os restantes 1503 aos países terceiros (mais 13,8% face a Outubro de 2012 e mais 9,5% face a Setembro). Para esta evolução contribuíram, a nível comunitário, os Plásticos e borrachas (em especial os pneumáticos novos), a madeira e a cortiça (sobretudo madeira em bruto), os metais comuns e o Vestuário. Face a Setembro O INE destaca ainda um acréscimo na compra ao exterior de Máquinas e Aparelhos, Produtos Agrícolas e Metais Comuns. Fora da UE, as importações portuguesas foram ainda impulsionadas pelas compras de petróleo.

 

 

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