Trabalhadores da Moviflor protestam pela manutenção do emprego

Plano de revitalização da empresa prevê extinção de 325 postos de trabalho.

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PER não abrange negócio da Moviflor em Angola e Moçambique Laura Haanpaa

Algumas dezenas de trabalhadores concentraram-se hoje à porta da loja Moviflor do Porto para reivindicar a viabilidade da empresa, a manutenção dos postos de trabalho e o pagamento dos salários e subsídios em atraso.

Os trabalhadores da cadeia de venda de mobiliário, empunhando uma faixa com as suas reivindicações, concentraram-se à entrada do parque de estacionamento da loja na estrada da Circunvalação.
Hoje estavam também marcadas concentrações em Braga, Olhão e Seixal, esta última com a presença de Arménio Carlos, líder da CGTP.

Apesar do plano especial de revitalização aprovado em Novembro, os cerca de 500 trabalhadores que se encontram em casa por suspensão temporária do contrato de trabalho "continuam sem saber quando vão trabalhar ou qual é o seu futuro", afirmou Rui Silva, um dos funcionários presentes na manifestação

"Alguns dos trabalhadores, em casa há meio ano, já se viram na necessidade de recorrer ao Banco Alimentar", acrescentou Rui Silva, mostrando-se preocupado com o futuro da empresa. "Disseram que a banca ia fornecer a verba necessária para viabilizar a empresa, mas até hoje nada disso foi feito".

Segundo Rui Silva, "a empresa está a trabalhar nas piores condições neste momento, só com cerca de sete ou oito trabalhadores por loja e com problemas com os fornecedores que esperam que seja injectado o dinheiro do plano".

Na opinião de Rui Silva as condições de operação da empresa têm-se vindo a degradar, com problemas de fornecedores, atrasos nas entregas, um "marketing adormecido" e envio de material para as lojas de Angola e Moçambique, "sem que venha o dinheiro para cá para pagar o material fornecido".

O plano de revitalização da Moviflor prevê a extinção de 325 postos de trabalho e o encerramento ou substituição de várias lojas, de forma a garantir a sobrevivência da empresa.

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