World Failurists Congress: vamos falhar todos juntos?

Sábado é dia de (Third Ever²) World Failurists Congress, ou seja, Congresso Mundial de Falhados, aquele que "celebra, instiga e recomenda o falhanço como sendo o melhor e mais resoluto caminho para... mais falhanços"

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Numa altura em que as conferências TEDx se multiplicam que nem cogumelos, e a elas se juntam outras para "ignite" carreiras e "spi(c)e up (your life)", o World Failurists Congress insiste na sua missão de "falhar, cada vez mas e melhor". Querem, mais uma vez, desmistificar o sucesso e quebrar tabus em torno da palavra F, "a que poucos assumem ou admitem conhecer intimamente": falha, falhanço, fracasso. O lema foi surripiado a Beckett: "Ever tried. Ever Failed. No matter. Try Again. Fail Again. Fail better."

A realizar-se pela terceira vez, o World Failurists Congress "celebra, instiga e recomenda o falhanço como sendo o melhor e mais resoluto caminho para... mais falhanços". A descrição no site diz quase tudo: "Existe para mostrar, através de exemplos e pessoas reais, que o caminho para o sucesso é feito de surpresas más, de curvas apertadas, de paragens não planeadas e, claro está, de muitas falhas." Não há que ter medo da "F word", mas sim aprender com ela.

A ideia veio de Sónia Fernandes que, na ressaca do desemprego, "a entrar na perigosa fase" de se considerar "um falhanço completo", como contou ao "Dinheiro Vivo", criou o primeiro evento português dedicado ao falhanço. Por lá já passaram Alberta Marques Fernandes (madrinha da iniciativa), Fernando Alvim, Celso Martinho, Manuel Serrão, entre outros. Mote: "Perguntem a qualquer pessoa de sucesso como lá chegou e verão."

Este sábado, 7 de Dezembro, a partir das 10h, o Fórum Picoas (Lisboa) e o Curia Tecnoparque (Bairrada) recebem novos "failurists" que vão falar sobre o "failurism" — os "novos heróis deste mundo" e "a nova palavra de ordem". Do programa de oradores fazem parte, entre outros, o artista plástico Leonel Moura, o docente e político Paulo Teixeira de Morais, vice-presidente da associação cívica Transparência e Integridade, o escritor Pedro Chagas Freitas e Marisa Gomes, treinadora da selecção nacional sub-16 de futebol feminino e adjunta da selecção AA. "Falhemos", então.

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