Viva a Escócia livre!

No PÚBLICO de quarta-feira Ana Fonseca Pereira fez uma primeira resenha do "livro branco", com 670 páginas, com o qual Alex Salmond pretende convencer os escoceses a votar pela independência da Escócia, a 18 de Setembro de 2014.

Quem tiver visitado a Escócia, conheça escoceses ou seja apenas um admirador da cultura escocesa não ficará indiferente à vontade de um país que apenas procura restaurar uma independência perdida.

Com a independência da Escócia também a Inglaterra poderá dar-se ao luxo, mais do que merecido, de ser mais inglesa. A bandeirada "britânica" é mais um expediente de táxi multinacional do que propriamente uma bandeira.

A independência da Escócia, liderada ou não por Alex Salmond – o mais talentoso político do presente século –, há-de chegar mais tarde ou mais cedo. Seria bonito e exemplar que chegasse já em Setembro do ano que vem.

O referendo foi proposto pelo primeiro-ministro do Reino Unido. Não houve violências: só demagogias. Tudo tem procedido com grande calma e civilização, de acordo com os melhores costumes escoceses e ingleses.

As sondagens dizem que dois terços dos escoceses estão indecisos. A indecisão, a dez meses de distância, é precisamente a atitude mais inteligente que se pode ter. Contradiz o estereótipo do escocês apaixonadamente anti-inglês e antibritânico.

Uma nação inteligente aproxima-se da restauração da independência com vagar e com surpresa – tal como a Escócia tem feito nos últimos tempos.
 
 
 
 

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