Movimentos de cidadãos vão cooperar na defesa do projecto do Metro Mondego

Movimentos querem que projecto seja considerado estruturante, para poder candidatar-se ao próximo Quadro Comunitário de Apoio.

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A linha da Lousã foi desactivada, mas o metro nunca chegou a ser uma realidade Adriano Miranda

O Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Góis e Miranda do Corvo e o Movimento Cidadãos por Coimbra vão cooperar para sensibilizar a população e os partidos políticos a lutarem pela concretização do projecto Metro Mondego no Ramal da Lousã.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo movimento que abrange os quatro municípios, depois de uma reunião realizada na quinta-feira à noite entre as duas organizações, em Miranda do Corvo. “É fundamental criar condições políticas para que o projecto Ramal da Lousã/Metro Mondego seja considerado projecto estruturante de alto valor acrescentado, para ser apoiado pela União Europeia no próximo Quadro Comunitário de Apoio”, refere um comunicado do Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Góis e Miranda.

Segundo as conclusões da reunião, “a movimentação reivindicativa das pessoas da região deve ter o apoio dos autarcas locais e nomeadamente dos presidentes das Câmaras de Coimbra, Lousã, Góis e Miranda, que não se podem alhear deste processo de luta popular”. “Os autarcas não só devem apoiar as acções reivindicativas das populações prejudicadas, como assumir a efectiva liderança da luta para obrigar Lisboa e Bruxelas a financiarem o investimento”, refere ainda o comunicado.

O documento adianta que o Movimento Cidadãos por Coimbra “tudo fará” para sensibilizar a câmara daquele município a reunir e cooperar com o Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda, “reforçando que esta luta tem de ser de todos”.

O Ramal da Lousã foi desactivado há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projecto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, e que representam um investimento de cerca de 140 milhões de euros, incluídos num montante global de 447 milhões de euros.

Faltam as obras até Coimbra B e os trabalhos de colocação de plataformas na via, dos carris, bem como de toda a catenária (sistema de alimentação eléctrica) - que foram suprimidos no final de 2010 - nas duas empreitadas parcialmente concluídas.

Segundo fontes contactadas pela Lusa, os presidentes das autarquias de Coimbra, Lousã e Góis reuniram na quinta-feira com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, tendo obtido a garantia de que o projecto será sinalizado como projecto prioritário no próximo Quadro Comunitário de Apoio.

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