Última erupção do Etna: um autêntico fogo-de-artifício

Imagens agora publicadas mostram o espectáculo da mais recente manifestação eruptiva do grande vulcão europeu

A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos
Fotogaleria
A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos Antonio Parrinello/REUTERS
Fotogaleria
A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos Antonio Parrinello/REUTERS
Fotogaleria
A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos Dario Azzaro/AFP
Fotogaleria
A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos Antonio Parrinello/REUTERS
Fotogaleria
A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos Antonio Parrinello/REUTERS
Fotogaleria
A cratera sudeste, formada em 1971, tem sido a mais activa nos últimos anos Antonio Parrinello/REUTERS

O Etna nunca dorme, mas desde 26 de Outubro tem mesmo estado a fazer uma grande birra. O seu mais recente episódio eruptivo começou no sábado passado, quando o mais alto e mais activo vulcão de toda a Europa desatou a cuspir “bombas” de lava incandescente que, segundo noticiou a Reuters, iluminaram o céu nocturno da ilha italiana de Sicília tal como um gigantesco fogo-de-artifício. O evento tinha sido antecedido, na sexta-feira, por tremores sísmicos.

A erupção, que também produziu típicos “rios de lava” que desceram sinuosamente até à base deste vulcão de 3329 metros de altura, não exigiu, contudo, qualquer evacuação das aldeias que povoam as suas encostas (onde vive mais de 25% da população da Sicília, segundo o diário espanhol El Mundo), nem causou quaisquer danos. Apenas foi preciso fechar durante umas horas, no sábado de manhã, o espaço aéreo por cima do aeroporto de Catânia – cidade com 300 mil habitantes, situada a 20 quilómetros a sul do vulcão –, devido à gigantesca nuvem de cinzas que o Etna atirou para a atmosfera e que foi visível dos quatro cantos da ilha.

Segundo Erik Klemetti, geofísico da Universidade de Denison (EUA), citado pelo site noticioso Nature World News, esta mais recente erupção aconteceu na nova cratera sudeste do vulcão e foi classificada como sendo “estromboliana” – isto é, uma erupção de relativamente baixa intensidade (a palavra deriva do nome de um outro vulcão, situado na ilha de Stromboli, ao largo da Sicília).

“Este tipo de erupção é provocada por grandes bolhas de gases que coalescem e sobem pela chaminé vulcânica cheia de magma, rebentando quando atingem a superfície”, diz Klemetti. “E os rebentamentos produzem explosões impressionantes, atirando todas essas ‘bombas’ de lava a centenas de metros de distância.” Ainda segundo este especialista, as “bombas” expelidas pelo Etna durante o último fim-de-semana terão tido pelo menos um metro de diâmetro.

O Etna tem uma longa história de incessante actividade: há 500 mil anos que continua a crescer e é mencionado na mitologia grega. Mas as suas erupções mais violentas não são muito frequentes e a última delas remonta a 1992. Mesmo assim, já foram registadas pelo menos 60 grandes erupções nos últimos quatro séculos, refere ainda o El Mundo – e quatro grandes explosões desde o ano 2000, a última das quais em 2008. Desta vez, o Etna acordou em Outubro, depois de uns seis meses de relativa inactividade.

Mas, apesar do seu humor imprevisível, o grande vulcão é um dos pilares da economia da Sicília: as suas encostas e a planície de Catânia são extremamente férteis – e a oportunidade de ver um vulcão activo atrai muitos turistas. Em Junho de 2013, o Etna foi declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Afinal, a birra talvez seja, antes, um festejo...
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar