Luta contra propinas é prioridade dos quatros candidatos à Academia de Coimbra

São quatro os candidatos que querem suceder a Ricardo Morgado na presidência da Associação Académica de Coimbra. O combate às propinas está no centro das eleições

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Os quatro candidatos à presidência da Associação Académica de Coimbra (AAC), cujas eleições se disputam nos dias 25 e 26, assumem como prioridade o combate às propinas e ao subfinanciamento do ensino superior.

Samuel Vilela (lista A), Carolina Rocha (lista E), Alexandra Correia (lista R) e Bruno Matias (lista T) são os candidatos que procuram suceder a Ricardo Morgado na presidência da direcção-geral da AAC e querem que a Academia de Coimbra lidere o movimento estudantil nacional.

"É utópico achar que em um ano se consegue a propina zero", apesar de ser "importante defender formas de financiamento para uma redução gradual da propina", afirmou Samuel Vilela, estudante de doutoramento na Faculdade de Economia e candidato pela lista A (Mais Academia).

A lista E (Exalta a Academia), encabeçada por Carolina Rocha, estudante de Biologia, defendeu que se deve "erradicar a propina "e lutar por um "ensino público e gratuito", considerando que tal poderia acontecer caso se "taxassem os grandes grupos económicos".

A luta estudantil tem de ser "radicalizada" para se combater por um reforço "da acção social e pelo financiamento do ensino superior", frisou à agência Lusa Alexandra Correia, estudante de Sociologia e líder da lista R (Reset à AAC), rejeitando a hipótese de "lutas de gabinete".

Bruno Matias, estudante de Direito e candidato da lista T (Tu tens Académica), quer implementar um plano a dez anos para "reduzir a propina gradualmente", sustentado por "receitas externas" da universidade, apesar de admitir que o mesmo plano "está muito dependente da posição do governo".

Samuel Vilela pretende que "grandes propostas" por parte da AAC sejam decididas "numa espécie de referendo", considerando que é necessário melhorar "a imagem e a credibilidade" da Academia para combater o afastamento da comunidade estudantil. "É necessário criar um espaço de diálogo para eliminar a resignação dos estudantes", salientou Carolina Rocha, defendendo também que "têm que ser feitas manifestações nacionais com todo o movimento estudantil — as vezes que forem necessárias".

Alexandra Correia referiu que a lista R tem também como uma das suas prioridades lutar contra a "emigração e as condições de trabalho precárias", duas "opções que os estudantes têm assim que acabam o curso". A lista T, de Bruno Matias, considerou também que é preciso "melhorar a aproximação à sociedade civil", pretendendo criar "uma mascote da AAC", distribuída em grandes superfícies, de forma a "expandir a marca, com as receitas a serem remetidas para os serviços de acção social".

Entre outras medidas, Samuel Vilela e Bruno Matias têm também como prioridade o combate à falta de liquidez da AAC, Carolina Rocha defende um espaço cultural na Academia e Alexandra Correia quer combater "a discriminação racial, de género e de orientação sexual" dentro da universidade. Caso nenhuma das listas candidatas à direcção-geral da AAC obtenha a maioria absoluta (o conselho fiscal, com seis listas candidatas, é eleito pelo método de Hondt), está prevista uma segunda volta, entre as duas listas mais votadas, nos dias 5 e 6 de Dezembro.

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