Armstrong acusa ex-presidente da UCI de ocultar teste de doping positivo em 1999

"Não tenho qualquer lealdade para com essas pessoas", disse o ex-ciclista ao jornal Daily Mail.

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Lance Armstrong foi desapossado dos seus sete triunfos no Tour MIKE HUTCHINGS/REUTERS

O ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, banido da modalidade e desapossado dos sete títulos do Tour devido a doping, acusou Hein Verbruggen, presidente da União Ciclista Internacional em 1999, de ocultar um teste positivo nesse ano.

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o texano de 42 anos revelou que, após a sua primeira vitória no Tour, teve uma análise positiva de corticosteróides e o "assunto" foi resolvido por Verbruggen.

"Não sei se foi um teste positivo, mas foram encontrados vestígios. Não me lembro exactamente quem estava presente naquele momento, mas o Hein [Verbruggen] disse que isto seria um grande problema, um golpe duro no desporto um ano após o caso Festina, por isso não se podia descobrir isto", contou Lance Armstrong.

No passado, o antigo presidente da UCI, que ocupou o cargo entre 1991 e 2005, tinha negado qualquer envolvimento e encobrimento no caso de Lance Armstrong.

"Não vou proteger as pessoas por causa da forma como me trataram. Isso é ridículo. Não tenho qualquer lealdade para com essas pessoas. Eu não vou mentir para proteger os outros, não gosto dessas pessoas. Eles atiraram-me para o pântano", frisou o texano.

A UCI e o seu presidente Brian Cookson apoiaram, em Setembro, a criação de uma comissão independente para investigar a actuação do organismo durante o caso Lance Armstrong.
 
 
 

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