Bispo de Angra admite mudanças na condição dos católicos recasados

D. António de Sousa Braga espera que do próximo sínodo dos bispos sobre a família resultem mudanças na “condição e disciplina” dos católicos recasados.

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Próximo sínodo dos bispos sobre a família realiza-se em 2014 Rui Gaudêncio

O bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, acredita que o próximo sínodo dos bispos sobre a família vai ter uma abordagem “pastoral” que pode promover mudanças em situações como a dos divorciados que voltaram a casar.

“Nestes dois anos, a Igreja tem de se debruçar sobre a família não numa perspectiva de mudança da doutrina, mas de uma pastoral diferente, que inclua as novas realidades”, explicou, em declarações ao portal da diocese.

De acordo com a nota publicada nesta segunda-feira pela agência Ecclesia, a agência de notícias da Igreja Católica em Portugal, o prelado considera ainda que o próximo sínodo dos bispos sobre a família apresenta duas novidades “essenciais”: terá duas assembleias gerais – uma extraordinária, em Outubro de 2014, e uma ordinária, em Outubro de 2015 – e prevê uma “auscultação mais ampla”, junto das bases, para obter “um conhecimento mais pormenorizado e abrangente do que pensa a Igreja sobre a família e, sobretudo, as novas realidades familiares”.

Para preparar este Sínodo da Família de 2014, o Papa Francisco enviou às Conferências Episcopais de todo o mundo um documento preparatório intitulado Os Desafios Pastorais sobre a Família no Contexto da Evangelização, que inclui um questionário sobre temas como divórcio, contracepção, uniões entre pessoas do mesmo sexo e adopção por parte destes casais. Embora a recolha de opiniões sobre temas actuais antes de um sínodo não seja uma total novidade, este inquérito, por pedir às bases que digam o que pensam sobre tópicos mais polémicos, mereceu maior atenção da imprensa e ganhou outros contornos. As respostas deverão ser recolhidas até ao final de Janeiro, mas os bispos reunidos a partir desta segunda-feira em Fátima deverão acertar, até quinta-feira, a forma de pôr o inquérito em prática em Portugal.

 

 
 

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