Tabela da desconfiança

Com base nesta falsa tabela classificativa, estou convencido de que não é sério dizer que a escola que ficou no primeiro lugar é a melhor e a que ficou em último é a pior, independentemente de ser pública ou privada.

E se assim não é, pergunto: obteriam os alunos da escola classificada em primeiro lugar o mesmo resultado se a escola estivesse inserida no território educativo da escola classificada em último lugar, com os alunos desta? Conseguiriam os alunos da escola classificada em último lugar ter uma classificação melhor se frequentassem a escola colocada no lugar cimeiro?

É desonesto comparar-se algo que, pela sua essência, finalidades e por inúmeros factores é objectivamente incomparável, quando existem inúmeros critérios que interferem, para além dos usados. Por isso, esta tabela deverá ser analisada com desconfiança e cautela.

Talvez tenha mais interesse uma tabela que gradue as escolas que preparam melhor os alunos para terem sucesso no superior, ou outra que tenha em linha de conta o valor acrescentado pela escola ao aluno durante o percurso escolar. A quem não interessam?

As instituições educativas darão a atenção que este estudo merece, continuando a pugnar pela escola democrática, frequentada por todos e para todos, promovendo o sucesso educativo dos seus alunos.

Coordenador dos directores da região norte no Conselho das Escolas

Leia mais no suplemento de 48 páginas sobre os Rankings com a edição impressa deste sábado.

Especial Rankings em http://www.publico.pt/ranking-das-escolas

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