"Assassinos", gritaram cidadãos na Assembleia da República

Intervenção de Paulo Portas interrompida por protestos nas galerias, que foram imediatamente evacuadas.

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O protesto, que não durou mais do que um minuto, ocorreu quando falava Paulo Portas Rui Gaudêncio
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Rui Gaudêncio

Foram as palavras mais duras gritadas até hoje por manifestantes nas galerias da Assembleia da República: "Assassinos!" O protesto, que não durou mais do que um minuto, interrompeu a intervenção do vice-primeiro-ministro no encerramento do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2014.

“Assassinos, assassinos!”, foi a palavra de ordem gritada por cerca de 20 pessoas nas galerias reservadas aos cidadãos no Parlamento.

Os manifestantes, que empunharam papéis a formar a palavra “Rua” e outros cartazes — com a inscrição “carrascos do povo”, por exemplo —, gritaram ainda que “está na hora de o Governo se ir embora” e “fascistas!”.

"Senhor vice-primeiro-ministro, peço desculpa por esta breve interrupção", disse a presidente da Assembleia da República, antes de mandar evacuar as galerias. A seguir, Assunção Esteves dirigiu-se aos manifestantes, dizendo: "Este é o vosso Parlamento."

"Senhora presidente, aqui reafirmo a minha convicção do direito ao protesto e a confiança na representação popular do povo português, em nome do qual cada um de nós aqui está”, retomou então Paulo Portas.

A retirada dos protestantes foi forçada pelos agentes da PSP presentes e os papéis prontamente rasgados e arrancados das suas mãos, embora alguns tenham caído ou sido arremessados para o hemiciclo, junto de vários deputados.

À porta da Assembleia da República, junto às escadarias, vários milhares de pessoas reuniram-se e protestaram também contra o executivo liderado por Passos Coelho e a sua proposta de orçamento, numa acção convocada pela CGTP.

 

 
 
 

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